A volta do Cruzeiro à zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, após a derrota por 2 a 0 para o Fluminense, no Rio de Janeiro, voltou a agitar os bastidores do clube. Nesta segunda-feira, cerca de 40 integrantes da torcida organizada Máfia Azul invadiram a Toca da Raposa II, centro de treinamento, e conversaram com alguns jogadores. Os integrantes da organizada forçaram a portaria de vidro, ao lado dos portões de acesso de veículos, e entraram sem a autorização dos seguranças.
Depois de conversar com alguns atletas, os torcedores se retiraram. Não houve registro de violência física.
O goleiro Fábio, os zagueiros Bruno Rodrigo e Leo e o volante Henrique foram os jogadores ouviram as queixas dos integrantes da Máfia Azul.
A diretoria do Cruzeiro ainda não se manifestou oficialmente sobre o episódio.
O presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, discordou publicamente nesta segunda-feira da decisão tomada pelo diretor de futebol do clube, Thiago Scuro, de afastar o atacante Riascos do elenco pelo desabafo feito após a derrota por 2 a 0 para o Fluminense, no Rio de Janeiro, no último domingo.
Nesta segunda-feira, durante visita à sede da CBF, Gilvan de Pinho Tavares discordou da forma como o caso foi conduzido pela diretoria de futebol e admitiu rever a posição.
- Eu não concordei com aquilo não. Acho que tem que ser revisto. Não achei que foi daquele jeito não. As pessoas às vezes não falam a mesma língua, falam língua diferente, são mal interpretadas. Preciso conversar direito com ele – disse.
Gilvan avisou que Riascos ainda pode seguir no Cruzeiro.
- Lógico que pode. Ele é um ativo financeiro do Cruzeiro, investimos nele - acrescentou o presidente Gilvan.
O presidente disse a um jornal carioca que conversou apenas com o jurídico do Cruzeiro sobre o episódio, mas não foi consultado pelo diretor de futebol sobre a decisão de afastar o atleta.
- Eu fiquei no Rio e eles viajaram logo depois. Não tive chance de conversar. Mas com o jurídico eu conversei. Deveria ter telefonado para ele (Thiago Scuro) ontem. Pensei em telefonar e não telefonei - concluiu.