Heróis ou vilões?

Nomes com história no Cruzeiro serão rivais na reta final do Brasileiro

Rodrigo Gini
14/11/2019 às 08:14.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:41
 (RAFAEL RIBEIRO/VASCO/LUCAS UEBEL/GRÊMIO/CÉSAR GRECO/AG.PALMEIRAS)

(RAFAEL RIBEIRO/VASCO/LUCAS UEBEL/GRÊMIO/CÉSAR GRECO/AG.PALMEIRAS)

A reta final de Campeonato Brasileiro, com a luta para escapar do rebaixamento, traz para o Cruzeiro uma coincidência que o torcedor certamente gostaria de evitar. 

Os três últimos jogos da Raposa na competição vão colocá-la diante de adversários treinados por nomes que ajudaram a escrever algumas das “páginas heroicas e imortais” mais recentes, cantadas no hino. E que poderão trazer dor de cabeça caso, diante de Avaí (em casa), Santos (fora) e CSA-AL (novamente no Mineirão), os comandados por Abel Braga não tenham garantido os esperados 42 pontos. O que, de acordo com os matemáticos, livraria a equipe da queda inédita.

No próximo dia 2, uma segunda-feira, às 20h, será a vez de encarar o Vasco, em São Januário, hoje livre de risco e matematicamente com possibilidades de chegar ao menos à fase prévia da Libertadores.

No banco do cruz-maltino, o “pofexô” Vanderlei Luxemburgo que, em 2003, comandando um time liderado por Alex, conquistou a tríplice coroa – Mineiro, Copa do Brasil e Brasileiro. Ainda hoje um dos principais exemplos de domínio de um clube numa temporada, lembrando agora que o Flamengo pode fazer ainda mais (com Carioca, Brasileiro, Libertadores e Mundial).

No Brasileiro daquele ano, com 24 clubes, foram 100 pontos e 102 gols marcados, um aproveitamento até hoje recorde, de 72,5%.

Na penúltima rodada, ainda com data a definir, será a vez de encarar o Grêmio, na arena do tricolor gaúcho, em Porto Alegre. E reencontrar um Renato Gaúcho de passagem curta pela Toca da Raposa (ainda a primeira), mas marcante.

Foram apenas 18 jogos, em 1992, suficientes para ajudar a Raposa a garantir o Mineiro e a Supercopa dos Campeões da Libertadores, numa fase que marcaria a consolidação internacional do time. Nos 8 a 0 sobre o Nacional de Medellín, no antigo Mineirão, foram cinco gols do camisa 7. Mantida a tendência atual, o Grêmio pode chegar ao confronto ainda lutando pela vaga direta na fase de grupos da competição continental.

Por fim, virá o Palmeiras, de Mano Menezes. Que saiu sem deixar grande saudade diante da perda de fôlego do “Manobol”, mas deixou como herança dois bicampeonatos: Mineiro e da Copa do Brasil. Também aqui, muito do peso do jogo dependerá da condição do alviverde, cada vez mais distante do título e mais próximo de se garantir na próxima Libertadores antes da rodada decisiva.

Como se vê, bastará à própria Raposa fazer sua parte, para que os heróis não se transformem em vilões. 

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