Heberth Halley
Repórter
www.onorte.net/halley
O destaque de hoje da Galeria dos atletas é o ex-goleiro Danilo Domingos de Oliveira, 53 anos. Natural de Corinto, Danilo, é considerado um dos melhores goleiros de futsal de Montes Claros, pelas brilhantes defesas. No tempo que jogou futsal, defendeu duas equipes em Montes Claros, Metalúrgica Norte Mineira e Palimontes, além de representar Montes Claros nos Jimis – Jogos do interior de Minas.
Danilo defendeu por 18 anos a camisa da Metalúrgica
(foto: Wilson Medeiros)
Ele conta que começou jogar futebol em Corinto, na equipe do Botafoguinho.
- Eu era ponta-direita, mas depois de um tempo, após ficar brincando no intervalo dos jogos com o goleiro Darcy, da equipe titular, comecei a pegar o gosto para ser goleiro e deu certo – lembra Danilo.
No juvenil, seu destino seria o Corinto futebol clube. Ele recorda que começou a jogar futsal nas Olimpíadas estudantis.
- Fui campeão pelo colégio Paulo VI tanto no futsal como no handebol. De lá para cá, não parei mais - conta.
Mais tarde disputa, com idade júnior, o campeonato amador pelo Corinto e sagra-se campeão. Mas em 1974, após se formar no terceiro ano, a Metalúrgica Norte Mineira, que acabava de se instalar em Montes Claros, através do seu diretor José Francisco, chama quatro recém formados para trabalhar na empresa de parafuso.
- A Metalúrgica sempre apoiou o esporte, mas no início apenas fazia jogos amistosos – lembra.
Em 77, é realizada a primeira Olimpíada operária de Montes Claros e a Metalúrgica entra na competição, mas o goleiro Danilo não jogou porque tinha acabado de machucar o braço.
Em 78, Danilo disputa a sua primeira olimpíada operária, mas o time não vai bem na competição.
Em 79, a Metalúrgica sagra-se campeã da maior competição da cidade, na época em cima do rival Sion, nos pênaltis. Na equipe, além de Danilo, atletas como: Renato Tupinambá, Picado, Almir, Chico Sérgio, Arnaldo e Edílson. Começava ali a era Metalúrgica no futsal montes-clarense.
Danilo salienta e elogia seu companheiro Renato Tupinambá.
- Renato foi um dos grandes incentivadores do futsal da época. Todo campeonato que tinha, a Metalúrgica entrava. Sabia muito de futsal – elogia.
Danilo não se recorda ao certo da quantidade de títulos, mas lembra que foram muitos. Diz que em quase todas as competições que disputou, foi campeão.
- Não é demagogia, na época ganhamos várias competições, como: copa Placar, copa Motocity, Copa Sesc, copa das Indústrias, e várias vezes olimpíadas operárias, entre outras – conta Danilo.
O ex-goleiro, que se espelhava em Raul, ex-Cruzeiro e Flamengo, conta que mesmo morando em Montes Claros disputava o campeonato amador em Corinto e competições de futsal nos fins de semana.
Em Montes Claros, além da Metalúrgica, passou a jogar paralelamente na equipe do Planalto, no campeonato varzeano, e, logo depois, no América do Renascença, do saudoso Baú.
Conta que não gostava de fazer compromisso com outras equipes, pois trabalhava no turno da noite e era complicado jogar. Mas recorda que em 85 disputou um campeonato do Comércio, sendo campeão e goleiro menos vazado, pela Palimontes.
A cada ano a Metalúrgica se reforçava mais e Danilo permanecia como titular absoluto da equipe. Foi um dos principais jogadores da Metalúrgica, ao lado Júnior, Índio, Tóya e Renato.
Essa equipe representa Montes Claros nos Jimis. Disputa o quadrangular contra o Atlético, Palmeiras e Flamengo e, também, o campeonato mineiro.
Nesse tempo em que jogou futsal em Montes Claros ele diz que foi injustiçado por não ter recebido a Medalha Deusdará, a comenda ao melhor jogador de cada modalidade no ano.
Em 92, pára definitivamente de jogar futsal. De lá para cá, atua apenas nos campeonatos de futebol no Pentáurea.
. . . . . . . . . . . . . . . . .
PERFIL
· Partida inesquecível: Numa semifinal das Olimpíadas operárias, entre Metalúrgica e Coteminas, não me recordo o ano. Quebrei a mão ainda no primeiro tempo. Foi um jogão. No tempo normal, empate em 1 a 1, na prorrogação empate em 1 a 1. Nos pênaltis, defendi duas cobranças e classificamos para a final contra o Concreta. Acabou o jogo fui direto para o hospital, fiquei 45 dias engessado. Na final, perdemos para a Concreta.
· Título mais importante: O título das Olimpíadas operárias em 79, por ser o primeiro pela Metalúrgica.
· Título que queria ter ganho: Pelo esforço, foi a Olimpíadas operárias da qual quebrei o braço. Merecíamos ganhar.
· Qual foi a defesa mais importante que fez: Foram várias, é difícil destacar uma.
· Qual goleiro você inspirou: Raul ex-Cruzeiro e Flamengo
· Quem foi o melhor goleiro que viu jogar: Chicão.
· Melhor jogador que viu jogar: Vou citar dois, senão seria injustiça. Índio e Renato Tupinambá. Índio pela habilidade: num pequeno espaço, driblava o adversário. Já o Renato entendia muito de futsal, era o líder dentro de quadra.
· Companheiro ideal: Renato Tupinambá. Nos, entendíamos muito.
· Melhor treinador: Apesar de ter trabalhado pouco com ele, foi Gezinho.
· Melhores amigos no futsal: A equipe da Metalúrgica, além de ser um ótimo time era um grupo de uma amizade verdadeira. Posso citar: Renato, Júnior, Tóya, Índio, Picado.
· Monte uma seleção de futsal de Moc: Danilo, Júnior, Tóya, Índio e Renato. Treinador Gezinho.