(BRUNO CANTINI/ATLÉTICO)
O título sempre foi um sonho impossível. Mas o torcedor atleticano, no início do Campeonato Brasileiro, chegou a acreditar na vaga direta à fase de grupos da Copa Libertadores. Depois, presença no G-6 já estaria de bom tamanho, com o clube, assim como nesta temporada, disputando as etapas preliminares do torneio. A derrota de 2 a 0 para a vice-lanterna Chapecoense, na última quarta-feira, no Independência, mudou o foco. O Galo brigará nas nove rodadas finais da Série A é contra o rebaixamento.
Apesar do péssimo momento, pois nos dez jogos disputados no returno o time marcou apenas oito pontos, isso em 30, com um aproveitamento de 26,67%, manter esse desempenho nas nove rodadas finais deve ser suficiente para o time de Vágner Mancini evitar a queda para a Série B.
Nos 27 pontos em disputa nas nove rodadas finais, um aproveitamento de 26,67% significa mais sete, o que levaria o Atlético a 42. Com esta marca, segundo o site Probabilidades no Futebol, mantido pelo Departamento de Matemática da UFMG, são de apenas 32,62% as chances de queda do Galo.
No ano passado, por exemplo, quando o Brasi-leirão teve um cenário parecido com o desta temporada, 41 pontos foram suficientes para uma equipe evitar a degola.
REALIDADE
Esta conta vai depender muito do desempenho dos times da parte de baixo da tabela de classificação. Mas, de toda forma, a queda de produção atleticana faz a torcida temer pelo pior.
O Atlético tem apenas 51% de aproveitamento como mandante. Em 15 jogos, venceu sete, empatou um e perdeu seis.
De toda forma, se mantiver esta média nos quatro jogos que ainda faz no Independência, marca seis pontos e chega aos 41. Assim, teria de buscar apenas um nos 15 que ainda disputa como visitante.
A última vitória do Galo fora, no Brasileirão, foi em 14 de julho, quando fez 2 a 1 na Chapecoense, pela 10ª rodada. Depois, em oito jogos, foram cinco derrotas e três empates, com um aproveitamento de 12,5%.
Os números mostram que o rebaixamento seria uma “façanha” atleticana. O momento evidencia que o mais prudente é não duvidar da “capacidade” de quem comanda o futebol alvinegro.