Entrevista com Gian: “Arrepiei quando ouvi a torcida gritar meu nome”
O Líbero do Montes Claros Vôlei, Gian Morais, bateu um papo com os blogueiros do “Orkutorcida” e falou sobre o primeiro turno da SuperLiga, sobre o fato dele ser o segundo jogador que mais vestiu a camisa do time e sobre as expectativas para 2017. Vale a pena conferir a entrevista concedida à blogueira Ana Paula Nunes
O Salsa é o jogador que mais vestiu a camisa do Montes Claros, você é o segundo. Como é para você defender a equipe: já se sente um morador? Podemos entregar a chave da cidade?
Gian: (Risos) Me sinto em casa sim, já estou na minha quarta temporada aqui. A cada ano que passa esse projeto tem crescido muito e fico feliz de estar crescendo junto com ele.
E como é pra você defender o time de Montes Claros, o que você sente?
Gian: Eu cheguei numa fase não muito boa (do projeto) e cresci junto com ele, hoje me sinto em casa jogando aqui, ainda mais quando é no nosso ginásio, com essa torcida maravilhosa.
Apesar de ser a quarta temporada, é a primeira vez que você está tendo a oportunidade de ser o líbero titular. Você fez uma das jogadas mais incríveis nos últimos tempos, uma defesa contra o time do Campinas, a melhor partida de 2016. Como foi pra você escutar toda a torcida incendiada gritando: “Gian... Gian...”? O que você sentiu?
Gian: Foi muito emocionante, arrepia. Às vezes passamos “batido”, líbero é uma posição ingrata e esse é meu jeito de pontuar: fazendo uma defesa importante. A hora que eu escutei a torcida no ginásio gritando meu nome foi marcante.
A equipe teve um entrosamento muito rápido, dá pra sentir aquela cumplicidade e harmonia dentro de quadra. A que se deve isso?
Gian: Eu penso que cada jogador tem uma personalidade, pensando maior este ano, com objetivos grandes. Depois do Mineiro a equipe sentiu bastante. Então, para a Superliga, a gente se fechou muito e ganhamos do Canoas e do Minas logo de início. Tivemos um tropeço contra o Bento em seguida, mas depois todo mundo se fechou e está com o mesmo objetivo, que é estar entre os quatro, se Deus quiser.
Para o desportista no Brasil, a vida é um pouco ingrata, não é? É muito difícil você se consolidar profissionalmente. Pra você, já teve algum momento na sua carreira que você falou: “putz, não vai dar”, ou algum momento que você pode dizer que quase desistiu?
Gian: Cada temporada é muito difícil, não é? O esporte no Brasil está sendo muito complicado. A gente sempre pensa que vai melhorar, ainda mais com a seleção sendo campeã olímpica. Mas quando é uma coisa que a gente gosta a gente insiste mais um pouco. Eu sempre acreditei.
Agora, para o lado um pouco mais pessoal, estamos na época do Natal, época de união, harmonia... O que você gosta de fazer nessa época?
Gian: Como eu passo muito tempo longe, já que eu vou uma ou duas vezes no máximo pra casa, no Natal eu fico mais lá. Como meus pais são separados, fico uma parte em Curitiba e uma parte em Ourinhos-SP, cidade do meu pai, mas sempre com a família, para depois voltar com tudo.
E no Réveillon?
Gian: Também. Procuro estar com a família, naquele almoço, jantar, amigo secreto que não pode faltar (risos) e aproveitar porque dia 1º temos que estar aqui de novo.
Perguntas rápidas:
MELHOR LUGAR DE MOC: o açaí (risos);
CALOR OU FRIO: calor;
FAMÍLIA: é tudo pra mim, é a base;
MOMENTO PREFERIDO DO NATAL: almoço;
2016 FOI: está sendo um ano especial pra mim, um dos melhores anos;
MENSAGEM DE NATAL: eu queria deixar um abraço a todos, um feliz ano novo. Que seja 2017 melhor que 2016.
