O armador Roger deixou o gramado do Ipatingão nessa quarta-feira, depois da derrota por 4 a 2 para o Figueirense, reclamando das viagens constantes do time e da falta de um estádio fixo para que o Cruzeiro dispute seus jogos. Para o meia, os deslocamentos acabam atrapalhando o rendimento celeste na temporada.
A queixa pública de Roger desagradou a diretoria do clube, que vai chamar o atleta para uma conversa.
- Vou conversar com o Roger hoje (quinta-feira). Ele é um empregado do clube e tem que acatar as decisões do clube. Essa não é uma situação para o Roger resolver. Só fui procurado por ele para tratar desse assunto. Nenhum outro jogador falou sobre isso - disse Dimas Fonseca, diretor de futebol do clube.
Segundo o dirigente, Roger retornou para Belo Horizonte ainda na noite dessa quarta-feira, para resolver assuntos particulares.
- Ele não é o único jogador do Cruzeiro. Ele teve que retornar ontem (quarta) e nós entendemos isso, mas hoje teremos uma reunião - reiterou.
Apesar de repreender a atitude de Roger, Dimas concordou que o número de viagens é grande, devido à falta de estádios em Belo Horizonte, com as obras do Independência e do Mineirão.
- Não tenha dúvida de que são muitas viagens que estamos fazendo, como fizemos também no segundo semestre do ano passado. Todo jogo nosso, mesmo com mando nosso, temos que fazer fora, como foi o caso dessa viagem para Ipatinga. Uma viagem para Uberlândia também é sempre cansativa. Nos últimos cinco jogos foram três vitórias, o que nos trouxe uma inconstância na tabela. Com uma vitória, às vezes, subimos cinco posições e com uma derrota você pode cair quatro.