Jogador revelado no Atlético não é artilheiro do Estadual, pelo clube, desde 1973
Além de superar centroavantes consagrados, como Ricardo Oliveira e Fred, o garoto Alerrandro, de 19 anos, artilheiro isolado do Campeonato Mineiro, com sete gols, tem um desafio ainda maior: quebrar uma escrita de quase meio século sem que o Atlético tenha um goleador do Estadual revelado na sua base.
O último foi Campos, em 1973. Depois disso, o Atlético teve o goleador da competição em 13 oportunidades, mas nunca com um jogador criado dentro do clube.
O curioso é que o período envolve toda a passagem pelo Atlético de Reinaldo, maior artilheiro da história do clube e do Mineirão, mas que nunca foi o goleador de uma edição do Estadual.
O tamanho do desafio de Alerrandro pode ser medido pelo fato de seus pais não terem nascido ainda quando Campos foi o goleador do Mineiro de 1973.
A mãe do atacante, Patrícia Aparecida Barramansa, tem 40 anos. O pai, Everton Realino, 35.
Um “santo de casa” ser artilheiro do Campeonato Mineiro também é coisa rara. E a última vez que aconteceu, Alerrandro, que nasceu em 12 de janeiro de 2000, tinha apenas dois anos.
Na edição de 2002, que não contou com América, Atlético e Cruzeiro, que no período do Estadual disputaram a Copa Sul-Minas, a Caldense foi campeã mineira e ainda teve o goleador da competição, o atacante Gustavinho, revelado na base da Veterana. O desafio de Alerrandro está lançado.