Crise na crise: Instituto Cinco Estrelas rebate Conselho Gestor, que quer o fim do contrato

Guilherme Piu
@guilhermepiu
31/03/2020 às 02:47.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:08
 (IGOR SALES/CRUZEIRO)

(IGOR SALES/CRUZEIRO)

A política do Conselho Gestor no Cruzeiro ganhou mais um capítulo. Medidas foram tomadas e anunciadas pelo atual grupo que administra o clube, dentre elas uma notificação judicial para o encerramento de um vínculo com o Instituto Cinco Estrelas, criado pelo ex-presidente Wagner Pires de Sá.

Por meio de sua conta particular no Twitter, o responsável pela parte administrativa e financeira do Conselho Gestor, Emílio Brandi, informou sobre o fim das relações entre o Cruzeiro e a associação particular Instituto 5 Estrelas, gerida por Fernanda São José, esposa de Pires de Sá.

“Mais uma herança de antigas administrações. O Instituto Cinco Estrelas é uma associação privada, criada por Wagner Pires de Sá e sua esposa. O instituto não pertence ao Cruzeiro. O jurídico do clube já notificou os responsáveis para que não usem a marca do Cruzeiro”, disse Brandi em seu perfil no microblog. 
 
OUTRO LADO
O Instituto Cinco Estrelas garante que tem toda a parceria documentada com o Cruzeiro. A reportagem entrou em contato com Wagner Pires de Sá. O ex-presidente ressaltou que o Instituto Cinco Estrelas “faz um trabalho social maravilhoso em comunidades carentes e que ainda não recebeu notificação nenhuma de advogados do clube”. 

A advogada Fernanda São José, presidente do Instituto Cinco Estrelas, não sabia até então do comentário de Emílio Brandi e disse que, mesmo sem a necessidade do contrato de uso da marca, foi tudo feito documentado e com pagamento ao clube. 

“Como era esposa do presidente, e para evitar por exemplo que pensassem que quiséssemos tirar proveito, fizemos um contrato de cessão de direito de uso do nome. Fizemos questão de fazer um pagamento mensal da compra do direito. Já pagamos 20 parcelas”, garantiu Fernanda.

Segundo documentos recebidos pela reportagem, a concepção do acordo entre as partes no ano de 2018 teve como premissa o pagamento de R$ 20 mil, divididos em 24 parcelas de R$ 833,33, da associação ao clube para que fosse registrado o nome Instituto Cinco Estrelas no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi).

O valor total pago, segundo os documentos, somam R$ 16.668,74, faltando R$ 3.331,26 a serem quitados. 

“Temos contrato de cessão de uso da marca, e Cruzeiro é um nome público, nem precisaríamos desse contrato. O Instituto não é política, é ação social”Fernanda São JoséPresidente do Instituto Cinco Estrelas
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