(gustavo aleixo/cruzeiro)
Vencer o América nesta quarta-feira (2), às 21h30, no Independência, é fundamental para o Cruzeiro manter suas remotas chances de acesso à Série A, que é o objetivo principal do clube nesta Série B, mas que a 14 rodadas do fim da competição já é quase impossível de ser alcançado.
Mas buscar os três pontos têm outro significado para a Raposa, que tenta evitar algo que aconteceu pela última vez em 1991: passar a temporada toda sem vencer um clássico.
Este ano, o Coelho é o principal adversário cruzeirense, pois será o terceiro jogo entre os dois, o primeiro no Horto. Em 9 de fevereiro, pela quinta rodada do Campeonato Mineiro, eles jogaram no Mineirão e empataram por 1 a 1, com Ademir abrindo o placar para os americanos e Maurício empatando já no final da partida.
Em 7 de março, pela oitava rodada do Estadual, o Cruzeiro foi visitante pela primeira vez diante do Atlético, no Gigante da Pampulha. E perdeu por 2 a 1, com Otero decidindo o jogo já nos acréscimos.
Como os cruzeirenses não se classificaram para as semifinais do Campeonato Mineiro, perderam a chance de enfrentar americanos ou atleticanos na fase final da competição. O clube jogou foi o Troféu Inconfidência, que reuniu entre o quarto e oitavo colocados.
O último clássico mineiro em 2020 foi há três meses. Em 29 de agosto, pela sexta rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, o América foi mais uma vez visitante diante da Raposa e venceu por 2 a 1, no Mineirão, com Eduardo Bauermann e Matheusinho marcando na primeira etapa, e Arthur Caíke, de falta, diminuindo para os celestes no segundo tempo.
Nesta quarta-feira, o Cruzeiro faz seu quarto e último clássico em 2020. E busca sua primeira vitória, tentando impedir uma história vivida pela última vez em 1991, mas com um contexto bem diferente do atual. Isso porque naquela temporada, o clube venceu pela primeira vez a Supercopa dos Campeões da Libertadores, derrotando o poderoso River Plate, da Argentina, na final. Agora, luta é para se distanciar da zona de rebaixamento da Série B.
OS CLÁSSICOS DE 1991
O calendário do futebol brasileiro em 1991 tinha o Campeonato Brasileiro no primeiro semestre e um empate por 2 a 2 com o Atlético, em 11/2, no Mineirão, abriu os clássicos do Cruzeiro no ano.
Antes do Campeonato Mineiro, a Raposa empatou por 0 a 0 com o América, no Independência, em 16/6, na decisão da Copa dos Campeões Mineiros, ganhando o título nos pênaltis, por 7 a 6.
No Estadual, foram quatro clássicos no hexagonal decisivo. Em 3/11, perdeu por 1 a 0 para o América e ficou distante do título com a derrota de 2 a 0 para o Atlético, dia 24, no jogo seguinte à conquista da Supercopa, sobre o River Plate.
Em 1/12, empatou com o América por 0 a 0, e em 15/12, foi derrotado pelo Atlético (1 a 0), resultado que deu ao Democrata-GV o vice-campeonato mineiro e a segunda vaga do Estado na Copa do Brasil de 1992, que não teve o Cruzeiro.