Apontado por muitos especialistas como o maior treinador brasileiro de todos os tempos em um esporte coletivo, Bernardinho comemora nesta quarta-feira mais uma marca histórica: o técnico da multicampeã seleção masculina de vôlei completa uma década à frente da equipe nacional. Sua estreia aconteceu no dia 4 de maio de 2001, cinco meses depois de ser anunciado no cargo.
No ano anterior, Bernardinho levou a seleção feminina do Brasil à medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Sydney, e a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) decidiu fazer uma aposta ousada. Escolheu o técnico como o responsável por um projeto que visava a reerguer a seleção masculina, que acabara de amargar a modesta sexta colocação na Austrália. Ele assumiu no lugar de Radamés Lattari.
Pois a aposta foi das mais acertadas da história do esporte brasileiro. Os números de Bernardinho à frente da equipe masculina são assombrosos: 313 vitórias e apenas 36 derrotas em 349 partidas disputadas, com um aproveitamento de 89,6%. Dos 35 campeonatos dos quais participou, o treinador levou o Brasil a 27 títulos (77%).
O cartel do treinador traz uma medalha de ouro olímpica (em 2004, em Atenas), uma de prata (em 2008, em Pequim), três títulos mundiais (2002, 2006 e 2010), oito taças de Liga Mundial (2001, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009 e 2010), cinco conquistas do Sul-Americano (2001, 2003, 2005, 2007 e 2009) e um ouro no Pan-Americano do Rio de Janeiro, em 2007.