(bruno cantini/atlético)
A reinauguração do novo Independência, em abril de 2012, criou um novo capítulo na rivalidade entre América e Atlético, pela “propriedade” do estádio, que há quase oito anos é a “casa” de ambos, sem que, na prática, nenhum dos dois seja realmente o dono, com todos os significados que a palavra carrega, da arena neste momento.
Proprietário do antigo Independência, o América o cedeu ao governo de Minas por 25 anos em troca da reconstrução que foi feita no estádio. Parceiro comercial da empresa que administra a arena, o Atlético está longe de ter a propriedade do Horto. E também de lucrar com ele, como mostram os balanços publicados pelo clube.
Se a propriedade material, pelo menos neste momento, não pertence a nenhum dos dois lados, a esportiva é atleticana. E são os números que mostram isso.
Desde a final do Campeonato Mineiro de 2012, torneio decidido por americanos e atleticanos, no recém-inaugurado Independência, já foram 16 os clássicos disputados entre os dois clubes no estádio.
E a superioridade atleticana impressiona. Foram nove vitórias, cinco empates e apenas duas derrotas. A última delas, há mais de quatro anos, em 1º de maio de 2016, no jogo de ida da decisão do Campeonato Mineiro, que foi conquistado pelo América. O Galo marcou mais que o dobro de gols (31 a 14).
DECISÃO
No clássico deste domingo, não há como tirar do América a vantagem do empate. Com três pontos a mais que o Atlético, uma igualdade faz ele manter a diferença a apenas uma rodada do final da fase classificatória, quando o Coelho encara a URT, em Patos de Minas, e o Galo recebe o Patrocinense, no Independência.
O problema do empate é que ele pode significar a perda da liderança pelos americanos. Isso acontece caso o Tombense vença o Coimbra, também no Independência, neste domingo, às 21h30.
Mesmo que perca, o Atlético não deixa o G-4, pois tem quatro pontos a mais que Cruzeiro, quinto colocado. Mas até um empate pode fazer ele perder a terceira posição para a Caldense, caso a Veterana vença o lanterna Tupynambás.
Além disso, se não ganhar o clássico, a Caldense pontuar e o Cruzeiro vencer a URT, neste domingo, às 11h, no Mineirão, o Galo ainda não estará matematicamente classificado para as semifinais. E terá de buscar a vaga na última rodada.
Por outro lado, o time de Jorge Sampaoli pode terminar esta décima rodada na liderança do Campeonato Mineiro. Para isso, além de derrotar o América, ainda precisará de pelo menos um empate do Tombense diante do Coimbra. Se a vitória atleticana for por um gol de diferença, e o time de Tombos empatar, será necessário recorrer ao número de gols marcados para se definir quem estará na primeira posição.