Citando os milhões gastos pelo Atlético, Ceni desafia estrangeiros a trabalharem com folhas menores

Henrique André
@ohenriqueandre
15/08/2020 às 00:22.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:17
 (Marcello Zambrana/Cruzeiro/LightPress /)

(Marcello Zambrana/Cruzeiro/LightPress /)

Após a derrota do Fortaleza para o São Paulo, por 1 a 0, o técnico Rogério Ceni concedeu entrevista coletiva no Morumbi e, dentre os assuntos abordados, deu sua opinião sobre o certo 'endeusamento' que alguns treinadores estrangeiros estão tendo em solo tupiniquim, como Jorge Sampaoli e Jorge Jesus, por exemplo. 

"Os técnicos europeus são muito bem preparados. Eu já pude ver muito trabalho lá fora, assisti semanas de treinamentos e estudos. Há muitos anos existe uma preparação para os estrangeiros. Porém, não vamos esquecer que o Atlético Mineiro gastou 100 milhões para montar o time. Não vamos esquecer que a folha de pagamento do Flamengo é 28 milhões. O dia que um treinador estrangeiro vier e conseguir ser campeão brasileiro da Série A com um time que tem uma folha de 2 milhões, aí sim teremos um outro conceito", comentou Ceni.

"Eu vejo pelo Flamengo. Acredito que os jogadores são muito mais importantes do que pensam ser. Não acho que seja o treinador que faça o time vencedor; acho que ele pode ajudar, criar um sistema e ser um facilitador para tirar o melhor dos jogadores. O elenco do Flamengo não pode achar que não vai conseguir ganhar porque o treinador foi embora", acrescentou.

Por fim, Ceni usa uma certa lógica para concluir o raciocínio:

"São elencos caros, jogadores bons. Quanto melhor o time que o treinador estrangeiro dirigir, mais chances ele tem de ser campeão. Quanto mais modesto o time que o treinador estrangeiro dirigir, menos chance terá. Isso vale para os brasileiros também. Temos ótimos aqui", finalizou.

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