
As convocações para a seleção uruguaia, que defendeu na Copa do Mundo da Rússia e em amistosos, e as contusões musculares atrapalharam demais a temporada de Arrascaeta no Cruzeiro. Mesmo assim, ele tem a chance de terminar 2018 com seu melhor desempenho com a camisa cruzeirense, pois precisa de apenas mais uma bola na rede adversária para alcançar o maior número de gols em um ano desde que chegou à Toca da Raposa II, em janeiro de 2015.
Com o gol que abriu a vitória por 3 a 1 sobre o Paraná, na noite do último sábado, no Mineirão, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro, ele chegou a 14 em 2018, passando a dividir a artilharia do time na temporada com o também meia Thiago Neves.
Arrascaeta já sentiu o sabor de ser o artilheiro cruzeirense numa temporada. Isso foi em 2016, no segundo ano no clube, quando marcou os mesmos 14 gols que tem agora, sua melhor marca num ano.
Mas naquela temporada, o camisa 10 da Raposa entrou em campo 53 vezes, marca que ele não alcançará em 2018, pois depois do clássico contra o América, no próximo domingo, às 17h, no Independência, quando completará a partida 46, ele terá condições de encarar ainda o Atlético-PR, em 10 de novembro, na Arena da Baixada, mas deve ficar de fora dos jogos contra Corinthians (14/11), São Paulo (18/11) e Vitória (21/11).
Neste período, Arrascaeta estará servindo a seleção do Uruguai, que disputa seus últimos amistosos no ano encarando Brasil, em 16 de novembro, em Londres, e França, dia 20, em Saint Dennis.
Assim, o camisa 10 cruzeirense pode estar em campo, no máximo, mais quatro vezes em 2018, totalizando 49 jogos.
Se em números gerais Arrascaeta está a um gol de ter seu melhor ano no Cruzeiro, na média isso já acontece, pois pela primeira vez ele ultrapassa a marca de 0,30 bola na rede por jogo.
Ano passado, quando marcou 12 gols, mas em 44 partidas, pois teve uma séria lesão que o afastou dos gramados por dois meses e o transformou em reserva do time de Mano Menezes, ele tinha alcançado sua melhor média (0,27).
IMPORTÂNCIA
Além da quantidade, Arrascaeta se destaca também pela qualidade dos gols em 2018. Na fase classificatória do Estadual fez uma obra de arte contra o América que concorreu ao Prêmio Puskas, da Fifa, dado ao autor do gol mais bonito do ano no mundo.
Na decisão mineira, recolocou o Cruzeiro na briga pelo título, que foi conquistado, marcando o gol de honra quando o Atlético vencia a ida por 3 a 0. E ainda abriu a vitória por 2 a 0, no Mineirão, que valeu a taça.
Na Copa do Brasil, voou mais de um dia inteiro, do Japão a São Paulo, para marcar o gol que garantiu os inéditos hexa e bi, em sequência, da competição. Arrascaeta fez história em 2018.
A primeira vitória do Cruzeiro no novo Maracanã teve Arrascaeta como o melhor em campo
