Presidente da ACV, Charles Ronaldo, diz que a lista encabeçada por Robson Roger é um complô
contra ele e afirmou ainda que o novo estatuto dá-lhe o direito de ficar por quatro anos
Heberth Halley
Repórter
Nos últimos dias, o campeonato varzeano virou notícia com a polêmica da possível saída do presidente da ACV – Associação de clubes varzeanos de Montes Claros, Charles Ronaldo Vasconcelos Pereira, diante de uma lista assinada por onze dirigentes de clubes da várzea, que seria entregue ao sub-secretário de Esportes e Lazer, Coró Barbosa, pedindo o afastamento do presidente da ACV, por entenderem que ele não vem fazendo um bom trabalho à frente da entidade.
Em entrevista a O NORTE, o presidente da ACV, Charles Ronaldo, explicou o que está acontecendo.
O presidente da ACV, Charles Ronaldo, tem direito de ficar até dezembro, de 2009 (foto: FABÍOLA CANGUSSU)
- Estão fazendo um complô contra mim – afirmou o presidente, que revelou que a lista vem sendo encabeçada pelo diretor do Juventus, Robson Roger, que foi seu concorrente na disputa pela presidência da várzea, em 2005.
- Na verdade ele está com raiva porque perdeu a eleição e quer a todo custo assumir a ACV, que deve ser seu sonho de consumo – diz Charles, que acrescentou ainda que na verdade essa lista é de interesse próprio de Robson Roger.
Charles afirmou que após a derrota na eleição, Robson Roger tem feito de tudo pra tirá-lo da ACV, e tem procurado os dirigentes dos clubes para assinar essa lista. O presidente da ACV ressalta que o dirigente do Juventus anda dizendo por aí que a última eleição da ACV foi feita na rua, mas que não se recorda que ele foi candidato.
- Algumas pessoas pediram para eu me candidatar e na época aceitei. Concorri contra Robson Roger. A eleição foi marcada para a sede da LMF – Liga montes-clarense de futebol e no dia, o então presidente da LMF, Albim Melo, não foi levar a chave. Em consentimento e assinatura de todos os dirigentes presentes, inclusive, do candidato Robson Roger. Foi feita sim a eleição, e venci por oito votos e três. Se ele não quisesse a eleição naquele dia na rua, que não participasse e principalmente, que agora não andasse falando isso por aí – conta o presidente da ACV.
Em março de 2005, Charles Ronaldo, assumiu a ACV e explica que na época a entidade estava toda desorganizada. Enfatiza que hoje a ACV está legalizada e com todas as contas em dia. Lembra que a ACV tinha uma dívida de R$ 7 mil com a prefeitura, mas conseguiu parcelar e em seguida foi perdoada através da imunidade tributária. Explicou ainda que para a prefeitura liberar os recursos para arbitragem do campeonato varzeano e participar do pregão vários documentos são necessários e que a ACV tem todos.
Charles lembra que com orientação da prefeitura de Montes Claros e com o consentimento dos clubes, devido o fato da ACV ter dois CNPJ, tivemos que fazer outro estatuto, e salienta que o estatuto o dar o direito de permanecer por quatro anos. Confira o artigo 17: A Assembléia compete: Eleger para o período de quatro anos, a Assembléia Geral Eletiva, o presidente e o vice-presidente da ACV MOC, vem como três membros efetivos e dois membros suplentes do conselho fiscal.
Diante desse do artigo o presidente da ACV diz que os dirigentes dos clubes estão tentando tirá-lo sem ter o poder.
- Estão fazendo uma lista para passar para o sub-secretário de esportes, Coró Barbosa, mas não foi ele que me elegeu e sim os clubes. Os dirigentes não devem recordar que assinaram o estatuto, que me dar esse poder – explica.
O dirigente marcou uma reunião para a próxima quinta-feira para definir o calendário varzeano. Pretende realizar o campeonato varzeano adulto e o campeonato máster.
- Se tivermos seis equipes vamos realizar o campeonato. Queremos qualidade e não quantidade. Vou ficar mais este ano na presidência e no fim do ano vou convocar eleição. Vamos ver se os candidatos se enquadram no perfil para ser presidente. Tem muita gente aí, que quer ser presidente e não tem o perfil que está no estatuto da ACV – diz Charles Ronaldo que revela que tem consciência limpa do seu trabalho.
- Sei que estou fazendo um bom papel. Tenho consciência limpa do meu trabalho. A premiação da várzea é sempre elogiada. Na final de 2007, por exemplo, cada time finalista, em cada categoria, recebeu R$ 500. Isso nunca tinha acontecido antes. Os dirigentes não vêm isso – exemplifica Charles Ronaldo.
Com relação ao dinheiro do estacionamento do fórum, informa que não compensa comprar briga.
- Resolvi não mexer com isso. Muitas pessoas falaram para eu procurar o ministério para conseguir os 50% que é direito da ACV, sendo que os outros 50% são da LMD e não LMF, mas falam que a lei não foi sancionada e publicada, aí resolvi não cassar briga, não compensa. Hoje o dinheiro vai todo para a LMF e de acordo com a prestação de contas feita no ano passado o valor gera em torno de R$ 33 mil – esclarece Charles Ronaldo.
