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Quarta-Feira,19 de Novembro

Atlético Mineiro: Título do Brasileiro de 1971 chega aos 45 anos

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Jornal O Norte
Publicado em 20/12/2016 às 06:00.Atualizado em 15/11/2021 às 15:43.

Os favoritos ao título eram clubes do Rio de Janeiro e São Paulo. Eram. Ao fim, uma equipe mineira roubou a festa e levantou o troféu de campeão. O Atlético, de Oldair, Ronaldo, Lôla, Dario e companhia, comandado por Telê Santana, um dos maiores treinadores da história desse esporte no país, atropelou no momento decisivo. A conquista do Campeonato Nacional de futebol em sua primeira edição, em 1971, foi a consolidação da força de Minas Gerais nessa competição: em cinco anos, o estado festejava seu segundo título nacional, interrompendo o domínio Rio-São Paulo. A disputa sucedia o Torneio Roberto Gomes Pedrosa

Não bastasse o desafio de ter de enfrentar feras como Pelé, Jairzinho, Ademir da Guia e Gerson, era uma época um tanto precária no estudo dos adversários, com sérias restrições. “Não existia informação, vídeos. Tape, a gente só via dos jogos do Mineiro, na TV Itacolomi. Então, não sabíamos como qualquer adversário jogava nem mesmo qual a característica de um determinado jogador. O Maracanã era uma coisa do outro mundo. A gente ficava maravilhado ao entrar lá”, relembra Beto, o “Bom de Bola”, em encontro promovido pelo Estado de Minas entre alguns dos heróis do título daquele 19 de dezembro.

Alguns detalhes fizeram daquele Atlético um time campeão, como conta Ronaldo.  - A gente tinha um conjunto muito bom. O Dario era um diferencial. Mas tem um detalhe que quase ninguém sabe: a nossa união. Éramos como uma família. Fazíamos tudo juntos. Nada e nem ninguém queria ficar longe um do outro.

E em campo havia também um lema entre todos os jogadores, segundo Ronaldo.

- Apertou, joga a bola pro Dadá. Ele corria muito. Tinha pernas longas e velocidade. Ninguém pegava. A gente fazia muito gol assim.

Dario ressalta que o time de 71 terminou o Nacional sem nenhum jogador expulso.

- Ninguém reclamava do juiz. Aliás, essa era uma recomendação do Telê. Só o Oldair, que era o capitão, é quem podia falar com o árbitro. E a gente seguia isso à risca.

Beto vai além.

- O Telê dizia pra gente sempre que ele era o treinador fora de campo, mas dentro, o técnico era o Oldair. Então, o que ele falasse era lei e tínhamos de acatá-lo. Sempre funcionou muito bem, pois as intervenções do Amauri eram sempre positivas e davam certo.

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