A geografia da bola

Sérvia é desafio inédito de um Brasil que testemunhou mudanças no mapa múndi

Rodrigo Gini
Hoje em Dia - Belo Horizonte
26/06/2018 às 08:47.
Atualizado em 10/11/2021 às 00:59

Ao longo da história das Copas do Mundo, a Seleção Brasileira testemunhou em campo as mudanças provocadas na geopolítica do planeta. Guerras, a ascensão e a queda do comunismo no Leste Europeu alteraram o mapa múndi e também o da bola. Por isso, afirmar que a partida decisiva de amanhã contra a Sérvia, em Moscou, é um encontro inédito na competição, merece no mínimo um asterisco e uma explicação extra.

Afinal, a república balcânica que declarou independência em 2006 era uma das que integravam a Iugoslávia, criada depois da I Guerra Mundial. Assim, foi a primeira rival do Brasil numa Copa, impondo também a primeira derrota (2 a 1). 

O troco viria em 1950, em casa (2 a 0). Nos Mundiais de 1954 e 1974, tudo igual (respectivamente, 1 a 1 e 0 a 0). Além disso, os sérvios são, para a Fifa, os “herdeiros morais” das estatísticas dos iugoslavos. E ainda poderiam ser postas no mesmo caldeirão as duas vitórias sobre a Croácia, em 2006 (1 a 0) e 2014 (3 a 1).

Aliás, os anfitriões do Mundial também entram no rol dos que encararam a Seleção em diferentes encarnações. Em 1958, na Suécia, nem mesmo Lev Yashin foi capaz de impedir que os futuros campeões levassem a melhor por 2 a 0 sobre a União Soviética. Na Espanha’1982, novo triunfo verde e amarelo (2 a 1). A campanha do tetra, em 1994, foi marcada pelo encontro com a Rússia, já separada das ex-repúblicas soviéticas, mas de mesmo desfecho (2 a 0).

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