Matrícula em modalidade de graduação com duração mais curta cresceu 27% em Minas
(Melluis Fotografia/divulgação)
Em cinco anos, a procura por graduação tecnológica, que consistem em cursos com menor duração de tempo que os superiores, aumentou 27,7% em Minas. A última edição do Censo de Educação Superior, realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mostra que quase 46 mil pessoas estavam matriculadas nessa modalidade em 2017. Em 2013, o número era de 36 mil.
Enquanto os cursos de bacharelado e licenciatura duram geralmente quatro anos, os da modalidade tecnológica são mais curtos. Em dois anos o estudante consegue o diploma. O prazo, que permite inserção mais rápida no mercado de trabalho, é um dos principais motivos para quem busca a alternativa.
A coordenadora do curso de Estética e Cosmética das Faculdades Integradas do Norte de Minas (Funorte), Mariella Evangelista, conta que o mercado de beleza tem expandido e, em função disso, é perceptível o crescente número de acadêmicos para o curso, que tem duração de três anos.
Ela ressalta que os cursos tecnólogos são ideais para pessoas que já têm uma definição mais clara de qual segmento gostariam de trabalhar.
“O curso de graduação superior em tecnologia em estética e cosmética contempla uma matriz curricular com 50% de prática, o que já habilita o profissional para o mercado de trabalho, deixando-o mais atrativo”, explica.
“Além disso, o aluno sai com formação de profissional empreendedor e com o conhecimento de qualidade científica da área”, diz Mariella.
Sabrine Larissa Prates Carmo trabalha há alguns anos como maquiadora. Encontrou no curso de Estética a possibilidade de complementar e aprofundar os conhecimentos que tem. Acadêmica do 4º período, acredita ainda que o curso superior passa maior credibilidade ao cliente.
“Acredito que a área merecia um curso mais extenso, porém entendo que a maioria dos alunos desse curso já trabalha na área. Sendo assim, mais cômodo e prático um curso mais curto”, avalia.
GASTRONOMIA
Da beleza para o sabor, o tecnólogo de Gastronomia também é destaque na Funorte.
De acordo com o coordenador do curso, Jonas Sachetto, a duração de dois anos e meio trabalha com o apelo comercial porque é uma formação mais rápida. “Se configura como um atrativo, pois é curso superior mas é uma formação muito prática”, avalia.
Jonas destaca ainda que os cursos tecnólogos foram criados para atender as demandas urgentes do mercado. “Aqueles cursos que surgiram nesse cenário atendem a um mercado de trabalho favorável para eles. Isso é muito bom no sentido de empregabilidade”, ressalta.
Roberto de Jesus Alves Filho, que cursa o 3º período de Gastronomia, já faz estágio na área. “Permite expandir conhecimento e obviamente aprender sobre tipos de comidas diferentes, até de outros países. A gente sai do curso com uma bagagem muito grande”, afirma.
* Estagiária sob supervisão do editor. Colaboraram Malú Damázio e Bruno Inácio, do Hoje em Dia