Larissa Teixeira
Especial para O NORTE
Uma questão de acreditar... É nesse âmbito que bebês e crianças portadoras de necessidades especiais vêm sendo assistidas pelo curso de Fisioterapia da Funorte, instituição da Rede Soebras. O tratamento, realizado no Campus Amazonas às segundas, quartas e sextas-feiras, em período matutino, mostra uma nova perspectiva de vida aqueles que sequer imaginavam que um dia poderiam percorrer os primeiros passos ou mesmo movimentar pés e braços dentro d’água. Com interdisciplinariedade, o trabalho propõe um caminho novo para pacientes que nasceram ou desencadearam anomalias graves. De acordo com o IBGE, no Brasil, 14,5% da população, ou 15 milhões de pessoas, têm deficiências.
A disciplina ‘Fisioterapia aplicada à Pediatria’ trabalha de forma integral com a criança, executando atividades no solo como também na água. “O propósito a ser conquistado é a inclusão social. O portador, em sua maioria, encontra-se escondido”, explica Profª Sônia Abadia Ferreira que vê no atendimento, o primeiro passo de uma vida mais feliz. A docente explica que um dos casos mais sensíveis a serem tratados é quando a criança tem lesão motora e encontra-se totalmente lúcida. “É o corpo preso numa mente sã”, define.
Existem algumas patologias que podem afetar o bebê ainda na gravidez. A professora Sônia ressalta que as mais comuns são a rubéola, a citomegalovirose, que é passada pela secreção do corpo, normalmente ocasionada por pessoas que trabalham em órgãos de saúde propícios à doença e a Toxoplasmose, detectada através de fezes de gatos, pombos e cães. Em geral, a enfermidade também pode ser ocasionada pelo processo pré-natal, neo-natal ou pós-natal, além das doenças genéticas que comprometem a má-formação do feto.
FUNCIONALIDADE
O vitorioso João Emanuel, de 2 anos e cinco meses é um dos assistidos pela clínica de fisioterapia da Soebras. A mãe, Maria Claret Oliva Sepúlveda, acompanha há 1 ano e 4 meses o tratamento. “Sou muito grata pelo apoio dessa instituição”, emociona Claret, que já percebeu o aumento da qualidade de vida de João. Ainda na maternidade, segundo Claret, houve complicações durante e após o parto, seguidas de paradas cardíacas. “Acreditamos que faltou oxigênio no cérebro, e por tantas barreiras que meu filho enfrentou, hoje sabemos que ele já é um milagre”, constata.
O método Bobath, empregado no tratamento, utiliza instrumentos onde aproxima a criança à normalidade, sendo o alvo maior a funcionalidade. Esse método tem ganhado estima até dos pais, que reconhecem o trabalho que divulga, passo a passo, a evolução do paciente. “É através deste acompanhamento que estamos conseguindo resultados”, comemora a mãe da criança.
