Jerúsia Arruda
Repórter
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Florestas, restingas, cerrados, mangues, caatinga, pantanal. São tantas as paisagens e é tão grande a diversidade ecológica do Brasil que um seminário é pouco para se falar de tudo.
A observação foi feita pelos acadêmicos do 5o período de Geografia da Funorte, que promoveram ontem o II Seminário Paisagens Brasileira, com o tema Paisagens brasileiras, uma visão de múltiplos olhares.
O cerrado brasileiro ocupa 2 milhões de hectares no centro
do Brasil e foi o principal tema do Seminário (foto: divulgação)
O seminário aconteceu no campus Funorte/São Luis, às 19h30, e contou com a presença de professores e acadêmicos do curso de Geografia e representantes da Codevasf – companhia de desenvolvimento dos vales do São Francisco e Parnaíba, que apresentaram informações técnicas principalmente sobre o Cerrado brasileiro.
Segundo a estudante Sandra Alves de Oliveira, o evento foi uma oportunidade de estudar com mais acuidade a formação geográfica do país e sua diversidade.
- A formação da paisagem brasileira é assunto constante no curso, mas o seminário nos dá uma visão mais ampla e aprofundada sobre o tema. Os debates, palestras e exposições esclareceram melhor as diferenças entre as regiões, mostrando as possíveis soluções para a preservação e manutenção dos recursos ecológicos em cada uma delas, explica Sandra.
ABORDAGENS
Durante o Seminário, foi feito um levantamento sobre as condições da Floresta Amazônica, que ocupa a porção de terras ao norte do país, suas características climáticas, condições do solo e a heterogeneidade da fauna e flora.
Uma atenção especial foi dada ao estudo do Cerrado, que ocupa atualmente uma área de 2 milhões de hectares no centro do Brasil.
Falou-se, ainda, sobre as Restingas, que correspondem às planícies litorâneas, resultantes do recuo do oceano, cobertas por deposição marinha; da Caatinga, que cobre cerca de 700 mil quilômetros, o que representa 10% do território nacional e é caracterizada pelo clima semi árido, temperaturas elevadas e vegetação escassa; do Pantanal, que possui uma extensão de 250 mil quilômetros e é a maior área alagada do mundo, delimitada pelo Planalto brasileiro, ao leste, pelas Chapadas mato-grossense, ao norte, e por uma cadeia de morros e terras altas do sopé Andino, a oeste; a Floresta Atlântica, segundo conjunto de matas especialmente expressivas da América do Sul, localizada na Serra do Mar que se estende por uma faixa paralela à costa brasileira, do Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, e, finalmente, dos Mangues, que correspondem a 20 mil km2, uma estreita faixa de floresta que se estende do Cabo Orange, no Amapá, até o município de Laguna, em Santa Catarina.
TEORIA E PRÁTICA
A coordenadora do curso, Ana Ivânia Alves Fonseca, diz que o seminário foi uma oportunidade de aliar a prática à teoria apreendida em sala de aula.
- Além de vivenciar mais de perto o conteúdo abordado na teoria, os alunos puderam exercitar a arte de falar em público e expor mais livremente suas idéias, diz a professora.
Além do debate sobre os temas abordados, os alunos organizaram uma exposição com os produtos típicos, e imagens da flora e fauna de cada bioma.