Com participação de 240 crianças e adolescentes da rede pública de ensino, que vivem em sua maioria em regiões mais carentes da cidade, o projeto Tim ArtEducação retoma suas atividades em Montes Claros. As oficinas acontecem até o próximo mês de novembro.
Jerúsia Arruda
Repórter
Depois de seis anos e com um número cada vez maior de crianças e adolescentes participantes – agora são 240 -, o Projeto Tim ArtEducação retoma suas atividades em Montes Claros.
Promovido pela empresa de telefonia Tim em 13 cidades de Minas Gerais e 15 da Bahia, em Montes Claros o projeto é articulado pela secretaria municipal de Cultura pelo sexto ano consecutivo. A Tim é responsável pela infra-estrutura, fornecendo material pedagógico e instrutores, e a secretaria de Cultura pela coordenação e orientação, além do espaço físico para os ensaios.
São quatro oficinas de arte - Dança (balé clássico e folclórico), Música, Artes Plásticas e Técnicas Circenses, com participação de 240 crianças e adolescentes da rede pública de ensino, que vivem em sua maioria em regiões mais carentes da cidade.
A coordenadora do projeto em Montes Claros e responsável pela área de dança, a bailarina e coreógrafa Adriana Camargo diz que as oficinas têm como objetivo promover a inclusão social dos jovens participantes.
- O projeto é uma proposta de incentivar jovens e crianças, antes expostas a situações de risco e vulnerabilidade social, a aprenderem através da arte e da cultura a viver em sociedade e descobrir novos horizontes.
As aulas começaram neste mês de abril e terminam no próximo mês de novembro. A oficina de Dança atende estudantes dos bairros Vila Anália, Grande Renascença e do Lar Nossa Senhora do Perpétuo Socorro; a oficina de Música envolve alunos dos bairros Chiquinho Guimarães, São Geraldo, Major Prates, Mangues e Jardim Liberdade; Artes Plásticas, com alunos do Cemei do Cintra; e oficina de Dança com Técnicas Circenses, com estudantes do Caic Renascença.
São cerca de 50 alunos por oficina, todas residentes em regiões carentes da cidade. Segundo Adriana, o sexto ano do projeto na cidade significa o amadurecimento do trabalho.
- Neste ano estamos reiniciando num nível mais elevado em algumas escolas, porque se trata do desenvolvimento de técnicas mais avançadas. Nos últimos cinco anos pudemos conhecer de perto muitos talentos que certamente irão se despontar no futuro. Muitas crianças têm talento natural e aprendem com facilidade, e com as oficinas estão tendo um novo parâmetro para sonhar, para pensar no que podem fazer no futuro. As que não têm, através das atividades descobrem suas tendências, novas maneiras de fazer o que gostam, ampliando sua leitura de mundo – diz a bailarina, ressaltando que projetos como esses despertam vocações artísticas e são importantes na vida do jovem que desde cedo tem que decidir o que vai fazer ao longo da vida.
- É uma experiência muito gratificante e eu aprendo muito com as crianças. Com o tempo percebemos mudanças no comportamento delas, e os resultados são bem visíveis, tanto tecnicamente quanto como pessoas. Hoje elas estão convivendo melhor na escola, na família e fazem amigos com facilidade – conclui.