A partir de julho deste ano, os municípios já devem começar a sentir os impactos do Plano de Desenvolvimento da Educação, apresentado na última semana pelo governo federal. É o que afirma o ministro da Educação, Fernando Haddad.
- Nosso desejo é que, a partir do 2º semestre deste ano, o plano esteja em vigor e possa ser implementado - disse o ministro
Segundo o ministro, em abril, serão divulgadas as metas que cada prefeitura deverá cumprir.
- Vamos divulgar os editais para que os municípios possam aderir ao compromisso, aderir às metas e, assim, passar a receber o apoio técnico e financeiro para atingi-las - afirmou.
O Plano de Desenvolvimento da Educação prevê a criação de um novo indicador para medir a qualidade do ensino no país, baseado nas notas no exame Prova Brasil e no rendimento escolar dos alunos.
- Criamos um indicador por município e vamos ter metas por municípios - explicou Haddad.
Com base nesses indicadores, o Ministério da Educação vai selecionar municípios que deverão receber recursos adicionais da União para investimento no sistema de ensino, além dos repasses do Fundeb.
Haddad acredita que a fixação de metas é um dos principais pontos do Plano de Desenvolvimento da Educação.
- Você fixa o mínimo de qualidade, estabelece metas, dá apoio técnico, oferece mais recursos e ao mesmo tempo cobra resultados expressos na aprendizagem. Porque a escola existe para o aluno aprender antes de mais nada. Penso que é o grande momento do plano.
O ministro da Educação destaca também a mudança de cultura que será criada a partir do plano.
- Ao longo de seus 75 anos de existência, nunca tivemos metas de qualidade, só metas de quantidade. E meta de quantidade não é educação. Educação é quantidade e qualidade, educação para todos de qualidade.
O plano ainda não foi lançado oficialmente porque algumas propostas ainda estão sendo analisadas pela Casa Civil. Segundo o ministro, na última semana, foram apresentadas apenas as linhas gerais do projeto. Saiba quais os principais pontos do Plano de Desenvolvimento da Educação em discussão. (Agência Brasil)