Pesquisa da Câmara Brasileira do Livro aponta que 16% da população brasileira acima de 18 anos comprou ao menos um livro nos últimos 12 meses, sendo que a maioria revela ter comprado entre três e cinco livros. As mulheres representam 62% desses consumidores. Outro dado da pesquisa indica que 55% dos consumidores preferem comprar livros on-line e 39% optam por lojas físicas. O Nordeste é a região que concentra ambos os tipos de consumidor em maior número. Para o público, os preços, conforme aponta a pesquisa, não são considerados pelos consumidores como caros ou baratos, quando se trata de entretenimento, mas o mesmo não ocorre em relação aos livros escolares, tidos como caros. 

Adepta da leitura, Bruna Fialho, analista de tráfego de uma multinacional em Montes Claros, considera que ambos os tipos de compra são válidos e, em sua rotina, ela não renuncia a comprar e ler, ao menos, três livros por mês. 

Mesmo com o advento do Kindle, dispositivo que permite a leitura on-line, ela não abre mão de adquirir o livro físico e revela que a leitura é algo transformador, que cultiva desde sempre. “Gosto muito de livros que nos libertem das crenças que temos desde o nascimento, livros de autoconhecimento. E gosto tanto de ler quanto de presentear com livros”, destaca. Mãe de duas filhas pequenas, Bruna reserva momentos para essa atividade conjunta com as filhas. “O exemplo arrasta. Talvez por isso elas não tenham dificuldade e naturalmente gostam muito de ler. Incentivo e compro livros para elas”, disse. Questionada sobre preços, ela destaca: “Não acho caro. Livro abre a cabeça, traz outros pontos de vista, é investimento em conhecimento”, conclui. 

O livro conseguiu marcar o lugar como segunda atividade cultural mais buscada, atrás apenas do cinema, que vive o seu auge com indicações a prêmios internacionais, conforme o “Panorama de Consumo” da Câmara Brasileira.