Norte de Minas recebe Projeto Rondom

Jornal O Norte
Publicado em 16/07/2007 às 15:58.Atualizado em 15/11/2021 às 08:09.

No período de 16 a 28 de julho, municípios do Norte de Minas recebem equipes do projeto. A Soebras e a Unimontes representam Montes Claros



Jerúsia Arruda


Repórter


jerusia@onorte.net



Até o dia 28 de julho, 220 acadêmicos e professores de 10 instituições de ensino do Brasil participam do Projeto Rondon, que nesta edição acontece no Norte de Minas, beneficiando os municípios de Francisco Sá, Capitão Enéas, Glaucilândia, Claro dos poções, Jequitaí, Lagoa dos Patos, Guaraciama, Francisco Dumont, Coração de Jesus e Buenópolis, com ações em gestão de política pública, orientação e qualificação de servidores da rede de educação, membros da sociedade civil e profissionais da gestão pública.






Equipe da Soebras desenvolve ações no município


de Francisco Sá (foto: Wilson Medeiros)



A Soebras e a Unimontes representam Montes Claros, com equipes formadas por seis acadêmicos e dois professores de cada instituição. A Soebras desenvolve ações no município de Francisco Sá e a Unimontes, em Capitão Enéas.



A equipe da Soebras é formada pelos professores Cledinaldo Dias e Cláudia Daniela e pelos acadêmicos Hernando Freire Silva e Andréa Aparecida Ramos e Santos (5º período de Medicina); Irmma Bianca (Normal Superior); Luame Ramos e Santos (8º período de Enfermagem); Adriano Moreira Santos (8º período de Educação Física); e Raimunda Cláudia Souza Rocha (8º período Fisioterapia).



Segundo o coordenador da equipe da Soebras, professor Cledinaldo Dias, que também é coordenador do curso de Administração da instituição, a proposta é desenvolver ações em quatro áreas.



- Nossa equipe vai trabalhar com ações de cidadania, bem-estar, desenvolvimento regional sustentável e gestão pública. Tanto a Unimontes quanto a Soebras foram selecionadas para atuar nas ações de cidadania e bem-estar. Em Francisco Sá, além da Soebras, também atuará a equipe da faculdade de Zumbi dos Palmares, de São Paulo, uma faculdade mantida por uma organização não-governamental. Um dos fatores que motivou a seleção dessa faculdade para Francisco Sá foi o fato de o município possuir quilombo remanescente – explica o professor.



Para o acadêmico do curso de Medicina, Hernando Freire Silva, que é do Vale do Jequitinhonha, a experiência em trabalhar com a comunidade não é nova, mas, segundo ele, a expectativa em participar de um projeto do mote do Rondon é das melhores.



- Já sou formado em Biologia e procurei trazer um pouco desse conhecimento, de forma que pudesse relacionar a Medicina com a questão do meio ambiente. Uma das ações de nossa equipe é voltada para doenças endêmicas da região e como se deve preservar o meio ambiente, buscando uma melhora na qualidade de saúde e de vida. Então, essa associação de conhecimento será muito útil para o trabalho da equipe – ressalta o estudante.



Andréa Aparecida, que também é estudante de Medicina, se diz entusiasmada com o projeto.



- Também já tenho um outro curso, sou formada em Educação Física, e o projeto abrange muito a ação social, trabalha a em cima da prevenção e foi é uma grande oportunidade poder conciliar o conhecimento adquirido nesses dois cursos para contribuir com a comunidade nessas ações – diz.



Segundo o professor Cledinaldo Dias, alunos de vários cursos se apresentaram no período de recrutamento.



- O processo seletivo surpreendeu pela qualidade. A maioria dos alunos que participaram têm uma proximidade com a comunidade e com ações como as que são desenvolvidas pelo projeto. Pena que o numero de selecionados seja restrito a apenas seis acadêmicos – completa o professor.



Para Hernando, a experiência com o projeto Rondon é um diferencial no currículo do acadêmico.



- Esse tipo de ação de possibilita um conhecimento maior da realidade. Se ficarmos apenas na sala de aula, em contato com os livros e práticas em hospitais, não conheceremos a realidade do que está no entorno, nas pequenas cidades, no meio rural, e esse projeto é uma oportunidade para vivenciarmos essa realidade de perto – completa o estudante.



Hernando diz que o que torna o projeto mais interessante é a possibilidade de trabalhar a saúde como um conceito mais amplo, não só a questão de doenças, mas a educação, moradia, o meio ambiente.



- Essa é a questão mais importante do projeto: não é assistencialista. Por exemplo, nós que estudamos Medicina, não vamos lá para ficar aferindo pressão, diagnosticando doenças, mas para trabalhar a formação de líderes que vão dar continuidade ao projeto. O interessante é que vamos trabalhar com o que a comunidade tem. Não levar materiais que, depois que voltarmos, não tenha acesso. Temos uma idéia das ações que vamos desenvolver, mas tudo será de acordo com o que o município tem disponível – salienta o acadêmico.



Sobre a possibilidade de continuar o projeto, Cledinaldo diz que, por causa da proximidade da instituição com o município de Francisco Sá, é possível que a equipe faça uma visita de retorno para avaliar o desempenho da comunidade em relação às ações desenvolvidas durante o projeto.



- Todo o trabalho é realizado junto com lideranças e conselhos comunitários e com representantes da comunidade. Durante nossa permanência eles vão acompanhar as ações das equipes do Rondon e vão reproduzir isso junto à comunidade. Como a Soebras está a poucos quilômetros de Francisco Sá, é possível que aconteça uma ação mais permanente, uma complementação das propostas que fizemos – conclui o coordenador.



O Projeto Rondon é realizado pelo Governo Federal, através do ministério da Defesa e com o apoio do ministério da Educação. Em Montes Claros conta com a participação da Soebras e Unimontes e apoio do 55º Batalhão de Infantaria.

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