Curso de Gastronomia da Funorte capacita futuros chefs para serem donos do próprio negócio
(GREICY RODRIGUES/ASCOM)
Mais do que dominar a cozinha e os ingredientes para o preparo de pratos saborosos e que conquistem também pela aparência. No curso de Gastronomia das Faculdades Integradas do Norte de Minas (Funorte) os alunos são capacitados para empreender, transformando o aprendizado em receitas de bons negócios.
A ex-aluna Maria Luiza Canela é hoje uma confeiteira de sucesso na cidade, dona da marca “Cozinha da Malu”. Pelas redes sociais ela divulga o trabalho e comercializa bolos tradicionais, doces e bolos no pote.
Maria Luiza conta que o projeto já existia antes de cursar gastronomia, mas que só saiu do papel há dois anos, graças aos ensinamentos aprendidos em sala de aula. “Todas as informações que adquiri no curso me ajudaram muito. Aprendemos desde como montar a estrutura de um negócio até a realização dele. Temos noção de como fazer, o que fazer, qual público atingir, dentre muitas outras coisas”, afirma Maria Luiza.
“Aprendemos a ter estratégia de mercado, principalmente em datas como Páscoa, Natal, Dia das Mães, que é quando temos a possibilidade de aumentar as vendas”, diz a confeiteira, ressaltando ainda que após passar pelo curso fez várias modificações no planejamento do empreendimento.
“Mudei muita coisa no projeto. Melhorou a forma de lidar com os clientes, por exemplo, pois a cada aula adquirimos muitas experiências e, com o trabalho e a prática do dia a dia, vou só agregando conhecimentos”, explica.
O professor do curso e avaliador da banca de projetos de empreendedorismo Marco Antônio Ramos afirma que a disciplina é muito importante para os acadêmicos devido ao fato de que o empreendedorismo faz parte da missão institucional. “Não estamos formando pessoas apenas para ser mão de obra, mas também para serem donos do próprio negócio, para fazerem riqueza para si e para a nação”.
DESENVOLVIMENTO
“O empreendedorismo passou a fazer parte dessa instituição a partir do momento em que o instituidor concebeu que a Funorte é o nosso vetor de desenvolvimento do Norte de Minas, e essa missão nós tentamos cumprir aqui na gastronomia”, afirma o professor.
Marco Antônio ressalta ainda que o aluno fica ciente de todo o processo empreendedor, incluindo o marketing e a pesquisa de mercado. O objetivo é preparar os estudantes para o mercado de trabalho e incentivar o empreendedorismo na área.
PIM
Na última terça-feira, alunos do 4º período de gastronomia apresentaram a primeira etapa do Projeto Integrador Multidisciplinar (PIM), destacando ideias empreendedoras e criando propostas que possam ser colocadas em prática fora da faculdade.
Válido como trabalho de conclusão do curso, o PIM é desenvolvido em duas etapas. A primeira, no 4º período, é um estudo de mercado para conceber uma ideia de negócio, de produto e de serviço.
A segunda, no 5º período, é uma continuidade do estudo de mercado, com o plano de negócios, o planejamento financeiro, planejamento operacional e a montagem propriamente dita do negócio.
“Procuramos despertar o interesse do estudante e com isso aproveitar as oportunidades na carreira. Por meio de pesquisa, os alunos identificam uma ideia de negócio e fazem um planejamento”, explica o professor da disciplina, Marcos Caldeira.
“A cada semestre, os trabalhos ficam mais criativos, são mais bem feitos, e é isso que esperamos: que o aluno aprenda a desenvolver projetos e que possa aplicar o conhecimento na carreira, podendo concretizá-los”.
A aluna Thaís Soares apresentou um projeto de confeitaria de doces e bolos personalizados. “O PIM instiga a criação de novos projetos e ideias, isso vai para a vida. Eu já mecho com confeitaria, e me ajudou muito ter a teoria para saber colocar em prática. É incrível poder levar para as pessoas o que a gente sonha”, relata a estudante. .
“O meu projeto é uma confeitaria especializada em doces e bolos personalizados com uma loja física, na qual os clientes possam entrar e provar os doces antes de encomendar”, conta.
(*) Estagiária sob supervisão do editor