Inep fará mudanças no Enem para gerar economia

Prova não terá mais a folha de rascunho e coleta de dados biométricos será otimizada

Da Redação*
13/03/2019 às 09:05.
Atualizado em 05/09/2021 às 17:46
 (MARIANA LEAL/MEC)

(MARIANA LEAL/MEC)

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terá uma nova diagramação na edição deste ano. A prova não terá mais a folha de rascunho. Agora, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), os cadernos de questões terão um espaço em branco para apoio na elaboração de cálculos e da redação.

A medida gerará “uma significativa economia com papel e impressão”, de acordo com o Inep. Além da mudança na diagramação, os dados biométricos dos estudantes passarão a ser coletados com uma pequena esponja que permite a coleta da digital e pode ser utilizada mais de 3 mil vezes. Até o ano passado, a coleta da digital era feita com uma lâmina de grafite, individual.

A capacitação dos colaboradores envolvidos na aplicação do Enem será feita principalmente a distância, reduzindo a capaci-tação presencial.

Ao todo, cerca de 500 mil pessoas trabalham na aplicação das provas. Segundo o Inep, essa medida eliminará gastos com passagem aérea e terrestre, hospedagem, aluguel de salas e auditórios em diversas partes do país.

Neste ano, o Enem será aplicado nos dias 3 e 10 de novembro. As inscrições estarão abertas de 6 a 17 de maio. Entre 1º e 10 de abril os estudantes poderão pedir isenção da taxa de inscrição. Nesse mesmo período, o Inep vai receber as justificativas dos que faltaram às provas em 2018.

ECONOMIA
As medidas que serão adotadas no Enem fazem parte do Programa de Redução de Custos e Otimização dos Recursos Logísticos, um dos seis pilares do Programa de Modernização do Inep.

O programa recorre a um modelo de tutoria, no qual consultores externos atuam em conjunto com as equipes internas.

Ao todo, o Inep estima uma economia de R$ 42 milhões nos exames e avaliações de 2019 que estão a cargo da autarquia. Economia que, ao longo do ano, pode ser ainda maior do que a esperada. “Com a contribuição de consultores contratados, pretendemos diminuir ainda mais os custos a partir da redução de despesas adicionais. Todas as medidas de economia estão sendo adotadas de forma a manter a qualidade na impressão, distribuição, monitoramento, segurança e aplicação dos exames do Inep”, diz o presidente da autarquia, Marcus Vinicius Rodrigues.

Além do Enem, o Inep é responsável por avaliações como a Prova Brasil, o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) e o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade).
*Com Agência Brasil

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