Da Ascom/MinC
Câmara Setorial realiza reunião para encontrar novas ações para o segmento Acessibilidade ao livro e à leitura, literatura na escola e lei do preço único foram alguns dos temas debatidos pelos membros da Câmara Setorial do Livro, Literatura e Leitura - CSLLL. A reunião, que também contou com as presenças dos representantes do Movimento pelo Livro e Leitura Acessíveis no Brasil -MOLLA e da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação -MEC, foi realizada no Palácio Gustavo Capanema.
Novas propostas podem aumentar o número de
leitores no país (foto: WILSON MEDEIROS)
O Grupo de Trabalho de Acessibilidade, criado em 2006, apresentou uma proposta que, se aprovada, deverá assegurar que todos os livros publicados no país possam ser convertidos em braille. As editoras seriam obrigadas a fornecer aos leitores cegos suas obras em arquivos digitais prontos para imprimir em braille.
Um dos pontos polêmicos da pauta foi a que torna obrigatória que toda obra produzida no país ’seja disponibilizada para venda ao consumidor interessado por meio de cópias em suporte digital e mediante solicitação prévia às editoras, livrarias, representantes ou similares. Esta proposta foi apresentada pelo MOLLA e deverá ser confirmada ao Ministério da Cultura brevemente, para a finalização da regulamentação da Lei do Livro.
LITERATURA NA ESCOLA
Outro importante item da pauta da CSLLL foi o debate sobre o documento Por um espaço especial para a literatura na escola, da Associação de Escritores e Ilustradores de Livros Infantis e Juvenis – AEILIJ, que analisa e propõe a retomada da leitura de textos literários na escola procurando o prazer da leitura. Na exposição do MEC, por intermédio de Jeanete Beauchamp, ficou claro que a proposição de se desdidatizar a leitura é também um objetivo da atual equipe do Ministério, embasando as inúmeras ações pela leitura em andamento, conforme demonstrou. Para aprofundar este assunto e ampliar o diálogo do MEC com os escritores e demais interessados, o PNLL, na palavra do secretário executivo, José Castilho Marques Netos, se responsabilizou por centralizar, juntamente com o MEC e MinC, a organização de um fórum. O objetivo é trabalhar a questão em futuro próximo, centrado na mediação da leitura, no papel das bibliotecas escolares e nas suas diretrizes, tendo a literatura como eixo.
LEI DO PREÇO ÚNICO
Proposta pela Associação Nacional de Livrarias – ANL, a próxima reunião da CSLLL deverá debater a adoção pelo Brasil da lei do preço único ou preço fixo, questão que não é consenso entre o setor produtivo, mas fortemente defendida pela ANL e outras entidades do livro. Questão que se arrasta há pelo menos 6 anos, o debate sobre este tema na CSLLL é oportuno e poderá estabelecer uma diretriz para os defensores e opositores da medida. Além disso, é matéria mais do que pertinente a uma instância como a CSLLL que, mais uma vez, cumprirá seu papel de fórum permanente e privilegiado do livro e da leitura.
