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Terça-Feira,18 de Novembro

Funorte promove III Semea

Jornal O Norte
Publicado em 18/11/2008 às 11:28.Atualizado em 15/11/2021 às 07:50.

Paula Machado


Repórter



A Funorte promove de 24 a 28 de novembro, a III semana de Engenharia de Alimentos- SEMEA. As palestras acontecerão no Auditório Ray Colares e os minicursos na sala de Multimídia – campus JK.



Segundo a coordenadora do curso de Engenharia de Alimentos da Funorte, Emanuela Ribeiro, o credenciamento e a entrega do material será das 18 horas às 19h30, e a abertura oficial das 19h30 às 20h. Das 20h às 21h30 acontecerá a palestra: Atuação do Engenheiro de Alimentos - Desafios e Oportunidades com o professor e PHD José Francisco Lopes Filho, Engenheiro de Alimentos – UNESP - São José do Rio Preto - SP. E das 21h30 às 22h30 o coquetel de Abertura.



Emanuela explica que Engenharia de Alimentos é uma área de conhecimento específica, capaz de englobar todos os elementos relacionados com a industrialização de alimentos, e que pode, através do profissional com esta formação, potencializar o desenvolvimento deste ramo em todos os níveis; seja na formação de profissionais, no subsídio à elaboração de políticas, nos projetos de pesquisa, na atuação dentro das empresas do setor, como na colaboração à preservação da saúde pública (normalização técnica, orientação e fiscalização).



- Atualmente a profissão de Engenheiro de Alimentos está muito difundida, principalmente nos países mais industrializados, onde desempenha cada vez mais atividades relacionadas com excelência – afirma.



Ressalta ainda que, no caso desses países, existem muitas oportunidades de intercâmbio com o Brasil, possibilitando o contato com tecnologias de ponta, para posterior adaptação e aplicação às nossas condições.



A III Semana de Engenharia de Alimentos - A Integração gerando Conhecimentos - III SEMEA 2008, como Emanuela ressalta, oferecerá oportunidade de reunir técnicos do setor público e privado, representantes de conselhos, pesquisadores, professores e acadêmicos, no objetivo de trazer para o ambiente acadêmico a realidade do mercado de trabalho, permitindo a troca de experiência entre os participantes, apresentação de trabalhos científicos realizados pelos acadêmicos do curso, oferecimento de mini-cursos e palestras relacionadas às áreas de Engenharia, Ciência e Tecnologia de Alimentos.



- Esperamos reunir nesse evento em sua 3ª edição, cerca de 400 participantes incluindo inscritos, palestrantes, organizadores e colaboradores – diz Emanuela.



A população, de acordo com ela, prestigia o evento, principalmente os profissionais que trabalham com a manipulação de alimentos (padarias, lanchonetes, hotéis, restaurantes e Indústrias Alimentícias e Bebidas) estes estão inseridos como público-alvo na participação dos minicursos oferecidos na III SEMEA e a procura para a participação nos minicursos e palestras está sendo grande.



A IMPORTÂNCIA DAS INOVAÇÕES



Para ela a Engenharia de Alimentos é de suma importância para a vida das pessoas, pois é devido à atuação do profissional Engenheiro de Alimentos que a população pode contar com tantas inovações no setor de alimentos: sopa em copinho, lasanha em caixinhas (sem refrigeração), feijão pronto para consumo (e fora da geladeira), entre vários outros tipos de produtos, com sabores e aparências diferentes.



- É tudo isso e ainda mais, há também os produtos com formulações para dietas especiais, com maior teor de vitaminas e fibras, e processos que mantêm as características nutritivas das matérias-primas – explica.



De acordo com a coordenadora do curso de Engenharia de Alimentos, deve-se lembrar ainda que esse profissional colabora para a redução de problemas de saúde, uma vez que está apto a garantir o processamento de alimentos seguros.



Além disso, conforme Emanuela, o Engenheiro de Alimentos domina conhecimentos biológicos, de engenharia e da área de humanas onde as matérias-primas vegetais e animais podem ser racionalmente e eficientemente utilizados, dando origem a produtos de maior vida de prateleira, o que possibilita a regulagem da oferta dos alimentos.



MERCADO DE TRABALHO



- O Engenheiro de Alimentos pode atuar dentro de vários seguimentos, como por exemplo, em indústrias de produtos alimentícios e bebidas; indústria de insumos para processos e produtos (matérias-primas, equipamentos, embalagens, aditivos); empresas de serviços; órgãos, institutos de pesquisa e instituições de ensino públicas e privadas – revela Emanuela.



O Engenheiro de Alimentos, segundo a coordenadora, exerce atividades como, produção/processos que é a racionalização e melhoria de processos e fluxos produtivos para incremento da qualidade e produtividade, e para redução dos custos industriais. A garantia de qualidade onde padrões de qualidade são determinados para os processos (desde a matéria prima até o transporte do produto final); planejamento e implantação de estruturas para análise e monitoramento destes processos. Treinamento de pessoal para prática da qualidade como rotina operacional. A pesquisa e desenvolvimento, que visa o desenvolvimento de produtos e tecnologias com objetivo de atingir novos mercados. Redução de desperdícios, reutilização de subprodutos e aproveitamento de recursos naturais disponíveis. Em projetos como planejamento, execução e implantação de projetos de unidades de processamento (plant layout, instalações industriais,    equipamentos), bem como seu estudo de viabilidade econômica. Trabalha também com comercial/marketing que nada mais é que a utilização do conhecimento técnico como diferencial de marketing na prospecção e abertura de mercados, na assistência técnica, no desenvolvimento de produtos junto aos clientes e apoio à área de vendas. E finalmente na fiscalização de alimentos e bebidas: Atuação junto aos órgãos governamentais de âmbito municipal, estadual e federal, objetivando o estabelecimento de padrões de qualidade e identidade de produtos, e na aplicação destes padrões pelas indústrias, garantindo assim, os direitos do consumidor.



COMO FOI O INÍCIO



O primeiro curso de Engenharia de Alimentos no Brasil, como informa Emanuela Ribeiro foi criado em 1967, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A Resolução nº 48/76 do CFE-MEC regulamentou o currículo mínimo da Engenharia de Alimentos, e o definiu como uma habilitação específica da Engenharia Química, cuja especificidade seria regulamentada através da Resolução nº 52/76 do CFE. Recentemente, a Engenharia de Alimentos foi declarada uma habilitação específica do curso de Engenharia, regulamentada através da portaria nº 1 695 de 5 de dezembro de 1994, do MEC.



- O Curso de Engenharia de Alimentos da Soebras – Associação Educativa do Brasil, ministrado pelo Inter – Instituto Superior Tecnológico Regional foi autorizado pela Portaria 2.053 em 09 de junho de 2005. A primeira turma começou no segundo semestre de 2005.O curso é oferecido em 10 semestres, com 200 vagas anuais, sendo 100 por semestre, distribuídas nos turnos diurno e noturno – explica a coordenadora Emanuela Ribeiro.

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