O Conselho Nacional de Educação (CNE) decidiu na última sexta-feira, 7, por unanimidade, que as escolas de ensino médio devem oferecer as disciplinas de filosofia e sociologia. A medida torna obrigatória a inclusão das duas matérias no currículo do ensino médio em todo o país, ampliando o que já era praticado em 17 estados.
Segundo o relator da proposta, conselheiro César Callegari, a decisão vai estimular os estudantes a desenvolverem seu espírito crítico, e tenham discernimento quando tomam decisões e que sejam tolerantes porque compreendem a origem das diversidades.
Na avaliação do titular da secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), Francisco das Chagas, a medida vai ampliar o número de vagas para profissionais de filosofia e sociologia. Segundo ele a falta de professores em algumas situações também vai se adequar porque, com o ensino obrigatório das duas disciplinas, os cursos de graduação formarão mais profissionais para atuarem no setor.
A proposta de mudança foi feita pelo ministério da Educação em 2005, mas como é do CNE a prerrogativa de definir as diretrizes curriculares nacionais, a deliberação foi feita pelos conselheiros. Agora, o parecer será homologado pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. Segundo o documento aprovado, os estados terão um ano para incluir a filosofia e a sociologia na grade curricular do ensino médio.
A inclusão das disciplinas de sociologia e filosofia no currículo do ensino médio foi comemorada por cerca de 150 professores e estudantes, que compareceram ao auditório do CNE. Houve até champanhe após a aprovação do parecer pelos conselheiros.