Jerúsia Arruda
Repórter
jerusia@onorte.net
No último dia 15 de maio foi comemorado o dia do assistente social, que em 2006 completou 70 anos como profissão regulamentada. Para comemorar a data as Faculdades Santo Agostinho e a Funorte promoveram, de 14 a 18 de maio, a Semana do Serviço Social, com o tema 70 anos de serviço social no Brasil: construindo a história na luta por uma nova sociedade.
Participaram do evento palestrantes do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, e professores e acadêmicos do curso de Serviço Social das duas instituições.
Segundo o acadêmico do 3º período do curso da Funorte, Ângelo Frederico Porto Barbosa, 22 anos, o encontro foi uma oportunidade para desenvolver o senso crítico e politização do estudante, uma vez que nos debates foram abordados temas que propunham uma reflexão sobre o papel do assistente social na prática.
- São muitos os desafios impostos pela profissão e esse tipo de evento desenvolve a capacidade para enfrentá-los porque alia a teoria à prática, exigindo de nós um posicionamento crítico. O resultado é um profissional mais preparado para encarar a realidade na prática, diz Fredy.
ÁREA DE ATUAÇÃO
O Serviço Social é uma profissão que vem sendo construída ao longo da história, caminhando e se modificando junto com as transformações da sociedade. Atuando no campo das políticas sociais, através de uma prática que visa ampliação de direitos e emancipação social, o assistente social desenvolve seu trabalho diretamente com a população, exercendo a função de planejador e executor de projetos e programas que concretizem as políticas sociais, promovendo a integração do indivíduo à sociedade, através de instituições públicas e privadas que prestam serviços nas mais diversas áreas; fundações empresariais e ONGs - Organizações não Governamentais,.
CURSO DE GRADUAÇÃO
Realizado de forma articulada e integrada com outras profissões e movimentos sociais, em quatro anos, o acadêmico do curso Normal Superior apreende as metodologias necessárias para o agir profissionais através da análise dos pensamentos clássicos e contemporâneos, do estudo da formação do Estado, e das formas de organização e de expressão da sociedade civil.
Ao final do curso o aluno deverá que estar apto para elaborar e executar políticas de bem-estar social, promover uma melhor inserção socioeconômica de indivíduos, famílias e grupos nas sociedades em que vivem, auxiliando-os na solução de seus problemas, tendo sempre em mente o bem-estar coletivo e a integração do indivíduo na sociedade.
ASSISTENTE SOCIAL
Para exercer a profissão, além do curso de graduação, o assistente social precisa estar registrado no conselho Regional de Serviço Social – CRESS, orientando-se pela lei que regulamenta a profissão (Lei 8662/93) e pelo Código de Ética, para cumprir o compromisso de se colocar na defesa dos direitos da população usuária dos serviços sociais, geralmente representada por famílias, crianças e adolescentes, idosos e pessoas com deficiência, e também assessorando movimentos em defesa das minorias sociais, de grupos étnicos, da terra, do meio ambiente, entre outras.
LINHA DE FRENTE
Segundo Fredy, é importante que o assistente social tenha uma postura firme, esteja apto para argumentar e estar sempre na linha de frente em relação às questões sociais.
- Estágio, observação, atividades de campo, movimento estudantil, fóruns, seminários, mini cursos, palestras, além da parte pedagógica, tudo isso é importante na formação do assistente social, mas é imprescindível que, antes de qualquer outra coisa, o acadêmico tenha certeza da importância dos princípios éticos e do compromisso na prática profissional, pois o assistente social é um mediador entre poderes opostos, ou seja, de um lado o governo, as instituições públicas e privadas, enfim, o poder; de um outro, os menos favorecidos. É preciso ter consciência de seu compromisso em trabalhar para que a sociedade tenha seus direitos de liberdade, justiça social, direitos humanos e democracia resguardados, combatendo à discriminação de qualquer natureza e mantendo um posicionamento crítico em defesa da igualdade, conclui.