Em Josenópolis, a primeira escola a receber essa iniciativa foi a Escola Municipal Teodorico Fidelis Pereira (Divulgação)
Por meio do Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento da Região Norte do Estado de Minas Gerais (Codanorte), serão equipadas 20 escolas em nove municípios consorciados da região com biodigestores. Esses biodigestores têm a capacidade de produzir biogás e biofertilizante líquido a partir da utilização de resíduos orgânicos, como cascas de frutas e verduras. O projeto foi viabilizado mediante convênios com o Ministério do Meio Ambiente e faz parte da iniciativa ‘Escolas +Verdes’, que promove a sustentabilidade nas escolas públicas.
Os biodigestores visam a destinação ambientalmente correta dos resíduos orgânicos, contribuindo para a redução de emissões de gases de efeito estufa e o despertar da educação ambiental. O que para o secretário executivo do Codanorte, Enilson Francisco, é um fator determinante. “É importante essa educação ambiental, mostrando que os resíduos orgânicos podem se transformar em outras substâncias como o gás limpo, gerando qualidade de vida para a população.”
O primeiro educandário a receber essa iniciativa foi a Escola Municipal Teodorico Fidelis Pereira, localizada em Josenópolis, que atende alunos do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens Adultos (EJA). O objetivo é evitar o desperdício, uma vez que os resíduos orgânicos, como cascas de frutas e legumes, são transformados em biogás, utilizado para cozinhar na escola, e em biofertilizante líquido, que pode ser aplicado em hortas, pomares e jardins.
Além de Josenópolis, os municípios de Ibiracatu, Itaobim, Juvenília, Miravânia, Montalvânia, Patis, São João do Pacuí e Varzelândia, serão beneficiados.
Daniel Patrick Ribeiro Queiroz, prefeito de Josenópolis, destaca que além da economia, o fator ecológico está sendo sentido por todos na cidade. “As crianças estão entusiasmadas e curiosas em aprender ainda mais sobre como transformar resíduos em gás limpo, mas os pais também estão cooperando, separando resíduos e limpando a cidade”, ressaltou.
Ele conta que a primeira implantação foi em uma escola pequena na zona rural, “mas a intenção é levar para uma urbana com mais de 500 alunos e com isso economizar ainda mais, pois, na primeira, gastávamos três botijões de gás de cozinha, na outra, vamos deixar de comprar até cinco”, diz Queiroz.
Já o prefeito de São João do Pacuí, Caio Cunha, está empolgado com a entrega dos equipamentos. “Vamos receber dois biodigestores, que serão entregues para duas escolas, uma do barreiro, e outra para a comunidade do Sapé. Em relação à economia, como vamos produzir gás para serem utilizados nas escolas, vai ser significativa. Em relação ao meio ambiente, será importante para formar opinião e consciência ecológica nos alunos. Eles vão entender que até o lixo pode ser utilizado em prol deles mesmos, vão saber da economia também que o município vai ter com isso”, destacou o prefeito.