Jerúsia Arruda
Repórter
jerusia@onorte.net
O Isejan - Instituto superior de educação de Janaúba promove de 26 a 28 de maio o I Congresso do Isejan, que vai debater o tema - A educação e a sociedade norte mineira - novos rumos, paradigmas e linguagens.
Aberto a acadêmicos de todos os cursos e docentes de todos os níveis escolares, o congresso tem como objetivo discutir as implicações da prática pedagógica e as possibilidades para o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem, considerando o panorama da Educação no Norte de Minas. Durante dois dias, alunos, professores e palestrantes convidados participam de conferências, palestras, mini cursos, lançamento de livro, mesas redondas e atividades interdisciplinares e culturais.
QUADRO E GIZ
Segundo a professora Marly Fátima Silva Lino, representante da comissão de divulgação, o Congresso vai mostrar o trabalho científico produzido pelos professores e alunos do Isejan, e está aberto a acadêmicos e professores de outras faculdades.
- Vamos discutir a relação professor/aluno, o ensino-aprendizagem em meio à tecnologia de ponta em que vivemos e a forma como conduzimos o processo praticamente a quadro e giz, porque a tecnologia existe, mas infelizmente não é para todos. Ao final das discussões, nossa meta é apresentar as possíveis soluções para minimizar essas dificuldades - explica a professora.
EDUCAÇÃO EM PRIMEIRO LUGAR
Sobre a qualidade do ensino no Brasil, Marly diz que todas as estatísticas comprovam como o Brasil está muito aquém da média prevista para que se considere escolarizado realmente.
- É preciso que se aflore a sensibilidade dos governantes, saber que se investirem na educação, também estarão investindo nas outras áreas. O cidadão que tiver acesso à Educação como um todo, inclusive com lazer, alimentação e esporte, jamais será um delinqüente. E se os governantes investissem na Educação, já estariam, por tabela, minimizando o problema do desemprego e da violência que assola o país - argumenta.
Marly Fátima diz que as leis para a Educação são excelentes, mas não encontram infra-estrutura para que possam ser aplicadas, se tornando vãs
(fotos: Wilson Medeiros)
LEIS VÃS
Marly diz que na esfera federal, estadual e até municipal as leis para a Educação são excelentes, mas não encontram infra-estrutura para que possam ser aplicadas, se tornando vãs.
- Um professor que tem trabalhar os três horários para sobreviver, quando que ele vai se aperfeiçoar, se reciclar? Alguns até fazem a duras penas, mas é muito difícil. Geralmente nos fins de semana, nas férias. As escolas não oferecem uma infra-estrutura para que o processo ensino-aprendizagem aconteça de forma plena. O aluno que não está indo bem, por exemplo, poderia voltar para uma aula de reforço, mas o professor não pode porque tem que trabalhar no outro período. E esse é um dos muitos problemas que dificultam o processo - explica.
I CONGRESSO
O congresso tem abertura oficial às 19 horas do dia 26 de maio, sexta-feira, com pronunciamento do professor Ruy Adriano Borges Muniz e da deputada estadual Elbe Brandão. Na seqüência, apresentação e lançamento do grupo Voz do Isejan, seguida de conferência apresentada pela professora Helena Maria Magalhães Gramiscelli (UFMG, PUC/Minas). Às 21 horas, lançamento do livro A Identidade do povo gorutubano, de autoria dos alunos do 2º período de Letras do Isejan.
Durante todo sábado, acontecem mesas redondas e mini-cursos, que abordarão vários temas sobre a Educação. O congresso termina no domingo, 28, com entrega dos certificados de participação.
INSCRIÇÕES
Os interessados podem se inscrever de 02 a 25 de maio no campus Isejan, em Janaúba. Outras informações pelo telefone (38) 3821-1070 e pelo e-mail congressoisejan@gmail.com.