Interessados no CNU devem ficar atentos com eixos temáticos definidos nos editais do certame (freepik)
O Concurso Nacional Unificado (CNU), lançado pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), iniciou as inscrições em 19 de janeiro, com encerramento previsto para o próximo dia 9 de fevereiro. Esse modelo inovador organiza concursos simultâneos em 220 cidades, com o objetivo de preencher cargos públicos efetivos. Sua principal meta é assegurar igualdade de oportunidades, padronizar procedimentos, aprimorar métodos de seleção com foco em qualificações e garantir imparcialidade na escolha de candidatos em todas as fases do concurso.
“É uma oportunidade única. São muitas vagas, são muitos cargos, fazendo uma única prova. E também é muito mais barato, porque você faz uma única inscrição”, comenta o bacharel em direito Bruno Farias, que pretende concorrer a uma das 692 vagas do “Enem dos concursos”, como é chamado o CNU, com salários iniciais que variam de R$ 4 mil a quase R$ 23 mil.
Bruno, que se prepara há bastante tempo, adota um método de estudo consistente, que envolve um curso de qualidade, materiais eficientes (sejam aulas ou PDFs) e uma plataforma de questões. “É importante escolher questões específicas da banca para se familiarizar com o formato da prova”. Com uma disciplina notável, o concurseiro dedica 6h diárias aos estudos, priorizando-os antes de outras atividades.
O policial civil e especialista em redação, João Gabriel Fagundes, ressalta a importância de uma abordagem estratégica na preparação para concursos, enfatizando a análise minuciosa do edital desde o início. Ele destaca a necessidade de compreender quais matérias são cobradas e identificar prioridades, evitando o excesso de estudo em áreas menos relevantes. Fagundes salienta a peculiaridade do CNU, caracterizado por novas ideias e matérias menos comuns, tornando crucial a leitura atenta do edital para direcionar o foco de estudo de forma eficaz. “Essa abordagem ajuda o candidato a definir as matérias relevantes para o cargo escolhido, evitando confusões decorrentes da extensão e diversidade do edital”, explica.
“Não precisa estudar tudo, mas sim estudar de maneira eficiente”, ressaltando que a redação representa uma parcela significativa da pontuação. “Recomendo estabelecer duas metas que são: entender a estrutura textual e definir como abordar os dois tipos de redação, dissertativos argumentativos e dissertativos expositivo. E destaco os elementos-chave que são, introdução, desenvolvimento e conclusão para evitar a inexperiência de se perder na própria estrutura do texto”.
Para finalizar, Fagundes explica que os candidatos devem compreender a estrutura do exame, dominando cada etapa do texto para evitar confusões — “Tem de compreender o conteúdo temático, pois, não é viável estudar todos os possíveis temas. Por isso, o candidato deve focar em temas e eixos principais, como tecnologia, meio ambiente, educação, saúde e segurança pública, garantindo assim, argumentos sólidos para abordar questões relacionadas a essas áreas”.