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Terça-Feira,18 de Novembro

Campanha para manter despesas de estudantes carentes

Jornal O Norte
Publicado em 21/11/2008 às 16:05.Atualizado em 15/11/2021 às 07:50.

Paula Machado


Repórter


 


A partir da próxima semana, a UFMG iniciará um trabalho de conscientização de alunos, professores e funcionários técnico-administrativos sobre a importância da contribuição voluntária ao Fundo de Bolsas. O recurso será destinado para a assistência estudantil de alunos de baixa condição socioeconômica.



Segundo a presidente da Fundação Universitária Mendes Pimentel, Rocksane de Carvalho Norton, a idéia é mostrar a relevância da doação para a manutenção dos programas de assistência estudantil voltados para estudantes de baixa condição socioeconômica da Universidade.  A campanha será realizada nas unidades de Belo Horizonte e também no campus regional de Montes Claros, onde funciona o Instituto de Ciências Agrárias (ICA). De acordo com Rocksane, o fundo de bolsas tem como objetivo auxiliar na permanência dos estudantes de baixa renda na faculdade.



- Esse fundo de bolsas foi criado juntamente com a fundação e existe há 79 anos. Inicialmente constituído por 10 alunos, teve o nome de casa do estudante pobre, depois passou a se chamar associação Mendes Pimentel e por último, Fundação Mendes Pimentel. A universidade sempre viveu com recursos desse fundo de bolsa – afirma ela.



Ela ressalta que antes, o recurso destinado para a assistência estudantil na UFMG era arrecadado por meio de uma contribuição vinculada à matricula para ajudar aos que tinham baixas condições socioeconômicas. Mas em 18 de agosto os estudantes da universidade de Goiás entraram com uma ação e o Supremo Tribunal decidiu que a partir de 2009 essa taxa não poderá mais ser cobrada. A arrecadação foi proibida e a universidade precisou criar mecanismos para continuar com a assistência estudantil desses alunos.



- A partir dessa decisão decidimos fazer uma campanha solidária para ajudar  esses alunos, pois justamente com esses recurso oferecidos pelo fundo de bolsas é que são mantidos subsídios como a alimentação, a saúde, a moradia, compra de livros, cursos de línguas, dentre outros – explica Rocksane. 



Foi criado um site com as principais informações sobre esses programas, sobre a inclusão no ensino superior e taxas de evasão, e serão distribuídos cartazes e folders para toda a comunidade universitária.



Conforme explica a presidente, além de contar com recursos do Governo Federal – que vieram pela primeira vez neste ano no valor de R$ 6 milhões – a UFMG conta também com a formação de uma rede solidária que possa contribuir para que os programas não sejam prejudicados. Atualmente, o investimento em assistência estudantil é de R$ 13 milhões.



- Sem a contribuição voluntária, há um horizonte incerto sobre o futuro das políticas de inclusão voltadas para alunos de baixa renda. Ao todo a universidade conta com 21 programas. E já estão sendo construídas mais 114 moradias na universidade de Montes Claros, onde funciona o Instituto de Ciências Agrárias (ICA) que serão inauguradas ano que vem – informa Rocksane.



Ela afirma ainda que para o próximo ano, a universidade vai implantar duas medidas de inclusão social, estima-se uma demanda de R$ 17 milhões. Além do aumento de vagas com o Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), o número de estudantes de baixa renda promete crescer com a criação de cursos noturnos e com a adoção do sistema de bônus de 10% a mais na nota final de alunos egressos de escolas públicas.



- Esperamos que a comunidade se sensibilize com a causa e que colabore expressivamente. Torcemos para que a campanha seja um sucesso e que consiga atingir a meta proposta – finaliza ela.


 


NOVIDADES



Para 2009, segundo a presidente, a universidade abrirá 1.233 novas vagas, sendo 160 no campus regional de Montes Claros (80 delas noturnas). Novos cursos serão abertos em 2009, num total de 16 novos (8 diurnos + 8 noturnos), além da ampliação de 4 cursos que antes eram apenas diurnos, como por exemplo, os cursos diurnos de Engenharia Agrícola e Ambiental e Engenharia Florestal, além dos cursos noturnos de Ciências de Alimentos e Administração. Atualmente, funcionam no campus regional as graduações em Agronomia e Zootecnia.



Haverá uma projeção de aumento da assistência estudantil no próximo ano: 30% a mais de alunos atendidos pela assistência estudantil, contando aqueles que entrarem pelo bônus e contando as novas vagas do Reuni.



- O aumento de recursos a serem investidos também aumentará para garantir assistência estudantil a todos os que precisam (novos e atuais alunos): o investimento deverá passar de 13 para 17 milhões de reais. Assistência estudantil na UFMG: em 2007 atendeu cerca de 5 mil alunos e investiu R$ 13 milhões – explica Rocksane.



Atualmente a UFMG tem cerca de 52 mil pessoas (professores, alunos e funcionários técnicos), incluindo o campus de Montes Claros, onde esse número é de aproximadamente 500 pessoas.

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