(MANOEL FREITAS)
Frustrando a expectativa dos manifestantes convocados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Sistema Público Municipal de Montes Claros (Sind-Educamoc), a mesa diretora da Câmara de Vereadores não submeteu o pedido de impeachment contra o prefeito Humberto Souto à apreciação do plenário, como era esperado pela categoria.
O pedido foi protocolado na última segunda-feira pelo professor Everton Roberto Thomaz, em função do atraso no pagamento de salários pela prefeitura. Os vereadores sequer leram o documento, conforme previsto pelo Regimento Interno da Casa, sob a alegação de que, para tanto, necessitavam de parecer da Assessoria Jurídica.
A diretoria do Sind-Educamoc realizou assembleia e comunicou que “os vereadores desrespeitaram o Regimento Interno, porque a pauta deveria ter sido travada para leitura do documento”.
Na sequência, iniciaram a coleta de assinaturas para dois abaixo-assinados, conforme a vice-presidente da entidade, Juliana Miranda. Os documentos são um reforço ao pedido do professor para a instalação da Comissão Processante e para uma ação do Ministério Público. “Alguém tem que nos socorrer”, ressalta Juliana.
Dr. Valdinivo (PMDB), mesmo sendo da base governista, garantiu aos manifestantes que a bancada tem cobrado semanalmente do prefeito o pagamento dos servidores.
O presidente da Câmara, Marco Nem (PSD), ressaltou que têm cobrado uma solução do prefeito, lembrando que, além da questão do pagamento, os pais de alunos estão “preocupados com o início do ano letivo”. Também sobre este assunto, a prefeitura não deu retorno.