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Segunda-Feira,28 de Julho

Acadêmicos visitam o Parque estadual de São Gonçalo do Rio Preto

Jornal O Norte
Publicado em 23/05/2007 às 10:31.Atualizado em 15/11/2021 às 08:05.

A expedição faz parte das atividades programadas de campo realizadas pelo curso de Geografia da Soebras, com objetivo de estabelecer uma relação geográfica entre as regiões visitadas



Jerúsia Arruda


Repórter


jerusia@onorte.net



O grupo de estudos e pesquisas em Espeleologia e Geografia Física formado pelo curso de Geografia da Soebras vem realizando expedições pelo Norte de Minas, para reconhecimento in loco da diversidade e especificidades geográficas da região.



Nos dias 05 e 06 de maio, o grupo participou de mais uma atividade programada de campo promovida pelo Laboratório de geografia e estudos ambientais coordenado pela professora Romana de Fátima Cordeiro Leite, dessa vez no parque estadual de São Gonçalo do Rio Preto.






Grupo de estudos e pesquisas ambientais


durante visita ao parque
(foto: Ronaldo Sarmento)



Foram dois dias de visita técnico-científica, onde os participantes puderam relacionar os conhecimentos adquiridos am sala de aula com a prática de campo.



Segundo a coordenadora do curso de Geografia, Ana Ivânia Alves Fonseca, esta foi mais uma oportunidade de os alunos aplicar seus conhecimentos teóricos.



- Nesta visita foram avaliadas as condições climáticas, geológicas, geomorfológicas, pedológicas, vegetação e hidrologia, estabelecendo uma relação com as questões sociais e ambientais intra-regionalmente e com a região de Montes Claros – explica a professora.



Segundo o coordenador do Laboratório de Geografia e Professor de Climatologia, Geologia e Geomorfologia, Ronaldo Sarmento, que também orientou o grupo durante a expedição, os alunos puderam observar, perceber e comparar as especificidades e diferenças de cada uma das regiões, coletar dados, analisar os problemas e detectar as possíveis soluções, que no futuro poderão subsidiar projetos para aplicação na região.



A Espeleologia se dedica ao estudo das cavernas, desde os aspectos técnicos da progressão em grutas até a análise da gênese, evolução, meio físico e biológico do mundo subterrâneo. De acordo a Ana Ivânia, nessas excursões os alunos têm a oportunidade de vivenciar esse universo de perto, se aventurar pelos mistérios e encantos da natureza e aperfeiçoar os conhecimentos.



De acordo com o professor Ronaldo Sarmento, na cidade de São Gonçalo do Rio Preto o grupo foi recebido no Parque onde assistiu à palestra educativa; visitou o sítio arqueológico do Tatu e conferiu de perto as gravuras rupestres; o Mirante da Lapa, que possibilita uma visão mais ampla do complexo Serra do Espinhaço, e conheceu o Marco Oficial da Estrada Real.



- O grupo fez, ainda, um trilha até Forquilha, uma dos principais pontos turísticos, localizado a aproximadamente 2 km de distância da sede do Parque. O local é formado por praias naturais com areias quartzíticas, vegetação estacional semidecídua, onde o Córrego das Éguas se encontra com o Rio Preto. O primeiro dia de expedição terminou com uma parada para conhecer o Poço de Areia, formado pelo Rio Preto, com grande variedade de peixes – conta o professor.



No segundo dia, o grupo fez uma trilha guiada até a Cachoeira do Crioulo, situada a aproximadamente 6,5 km da sede do Parque. Segundo o professor, o local servia de refúgio para escravos no passado, o que deu origem ao nome. A cachoeira de aproximadamente 20 m de altura, que termina em um enorme poço, é formada pelo córrego das Éguas. Guiados pelo “Seo” Jacó, o grupo seguiu as margens do córrego até a Cachoeira da Sempre-viva, a 4,5 km da sede do Parque, que é formada por uma sucessão de cascatas e poços até descer em queda livre de aproximadamente 10 m.



Durante todos o percurso, os alunos acompanharam atentos às curiosidades do local contadas por “Seo” Jacó e às explicações técnicas dos professores sobre a geografia da região e informações adicionais sobre a Serra do Espinhaço as. A visita terminou em Forquilha.



De acordo com Ana Ivânia, as atividades programadas de campo acontecem regularmente durante todo o ano.



- Além de completar os conhecimentos adquiridos em sala de aula, a expedição é uma oportunidade de o aluno conhecer outras regiões e compará-las com sua região de origem – conclui.

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