(ANNA LOUÍSA/ARQUIVO PESSOAL)
Que a era digital trouxe facilidades para as pessoas fotografarem momentos de suas vidas, ninguém duvida. No jornalismo, a tecnologia também veio colaborar para que as imagens cheguem com agilidade e qualidade aos leitores. A constatação é unânime entre os fotojornalistas que falaram ontem aos acadêmicos do o curso de jornalismo da Faculdades Integradas do Norte de Minas (Funorte) sobre suas experiências na profissão.
A roda de conversa teve como objetivo provocar reflexões e levar conhecimentos aos acadêmicos sobre o fotojornalismo. O evento teve a participação de 50 alunos e os convidados foram fotojornalistas de Montes Claros, entre eles Solon Queiroz, Dione Afonso e Manoel Freitas, de O NORTE. “Cada um dos participantes, ao seu modo, procurou fazer das imagens ao longo de anos de profissão o fio condutor da narrativa. No meu modo de entender, uma iniciativa do curso que, com certeza, foi igualmente enriquecedora para os universitários, a despeito de eu considerar que no evento mais aprendi do que tentei passar”, afirma Manoel Freitas.
O fotojornalista Solon Queiroz destacou a importância do evento para os acadêmicos. ‘É uma oportunidade para conhecer profissionais atuantes na área e a realidade local. Além disso, são fotógrafos com olhares únicos e que trabalham em diferentes perspectivas, mas igualmente ricos e isso serve de inspiração para os futuros profissionais que desejam se ingressar na área”, disse.
Um dos pontos discutidos foi a transmissão da era analógico para a era digital. Os fotojornalistas convidados disseram aos acadêmicos que no início mostraram resistência, mas acabaram aderindo à tecnologia, que hoje domina o mercado. “No início pensei que a tecnologia tiraria um pouco da magia da fotografia, aguardar a revelação do filme era uma sensação interessante. Hoje, além das máquinas convencionais, entendo que os equipamentos capazes de fracionar o segundo são determinantes no resultado final”, lembrou Manoel.
PRÁTICA
A função do fotojornalismo e a importância de dominar a câmera também estiveram em debate, destacou a organizadora do evento, a fotógrafa e professora Lidiane Silva “O equipamento não faz tudo, o que faz a diferença é o olhar que se tem sobre os acontecimentos e saber o momento certo de fazer a foto”, diz, lembrando que o evento é um reforço do que está sendo visto em sala de aula.
“Passa para os acadêmicos um conhecimento de vida profissional de quem está em campo é muito significativo”, afirma Lidiane.
O curso de jornalismo da instituição, único no Norte de Minas, completa 21 anos. Segundo o coordenador do curso, Elpídio Rocha Neto, são mais de 400 profissionais graduados e as rodas de conversa foram criadas no intuito de celebrar o dia 7 de abril, Dia do Jornalista.
*Estagiária sob supervisão do editor