Mais uma varredura no Velho Chico

Professor da Funorte atua em pesquisa no rio

Da Redação
08/08/2019 às 07:31.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:54
 (Arquivo pessoal)

(Arquivo pessoal)

Uma nova etapa de trabalho para avaliar possíveis impactos do rompimento da barragem Córrego do Feijão, em Brumadinho, no rio São Francisco está para começar. O objetivo é verificar se os rejeitos chegaram à represa de Três Marias e contaminaram a água e os peixes.

O veterinário e professor do curso de Medicina Veterinária da Funorte Rômulo Tadeu é um dos integrantes da equipe. Ele participou da primeira etapa, realizada em maio deste ano.

Foram sete profissionais do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), órgão do qual o professor faz parte, sendo dois veterinários e cinco técnicos agrícolas.

Foram coletadas amostras de 2.200 animais, água e ração utilizadas para alimentação das espécies. Visualmente não foi detectado nenhum tipo de alteração e os resultados das análises realizadas ainda não foram divulgados.

Nesta segunda etapa estão previstas coletas em todas as áreas de piscicultura e unidades epidemiológicas vistoriadas anteriormente, além de novas análises de água – em 60 pontos da barragem – e também da ração utilizada na alimentação dos animais.

Em todas as amostras coletadas, os animais passarão por necropsia a fim de diagnosticar algum sinal clínico e serão realizadas amostras da musculatura e do fígado para detectar a presença de metais pesados, assim como na água e na ração utilizada.

Ainda não há previsão para divulgação dos resultados, tendo em vista a grande quantidade de amostras coletadas.
 
AMOSTRAS
Rômulo explica que irá fazer o monitoramento dos animais aquáticos da represa, coletando amostras de águas e animais. “O procedimento é feito através de amostras da musculatura e de fígado desses animais, pois pode haver contaminações de metais pesados. A base desta contaminação estará presente na musculatura”, diz.

“Depois dessas pesquisas, podemos passar nossa experiência, mostrar os métodos utilizados, a prática do dia a dia e a importância da preservação ambiental para os alunos do curso de Medicina Veterinária”, explica.

Para Rômulo, a atividade é uma experiência muito gratificante. “É uma forma de colaborar para minimizar o impacto ambiental desta tragédia e, ao mesmo tempo, com a segurança alimentar, pois faremos análises dos peixes de diversos criatórios que são fornecedores para frigoríficos de pescado que abastecem a região”.

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