Buscar estratégias de relaxamento é fundamental à véspera do Enem

Da Redação*
O NORTE
20/11/2021 às 00:07.
Atualizado em 05/12/2021 às 06:17
 (Mikhail Nilov/Pexels)

(Mikhail Nilov/Pexels)

Primeiro, pare tudo que estiver fazendo. Depois, sente-se em um local silencioso. Preste atenção na respiração. Inspire em quatro segundos, segure o ar por dois segundos e solte o ar em quatro segundos. Repita essa respiração algumas vezes. Preste atenção em cada parte do corpo, começando pelo dedo do pé, e, devagar, vá subindo até o topo da cabeça. Pense que cada parte está relaxando. Por fim, imagine uma luz dourada envolvendo todo o corpo. 

Quem ensina o exercício, que pode durar 5 minutos, é a diretora da escola Teia Multicultural, Georgya Correa. O objetivo é acalmar e compensar as emoções. Algo essencial na reta final para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que começa a ser aplicado neste domingo. 

“Tem momentos que os estudantes estão mais descompensados, com ansiedade e nervosismo. É sabido que quando a pessoa está nervosa e mais agitada, a parte intelectual dela está menos conectada. Ela está mais no lugar das emoções fortes. Consegue pensar e raciocinar menos. Trazer esse estado de calma para conseguir conectar com o que precisa, que é o racional, é fundamental no momento do exame”, diz Georgya. 

Aulas de yoga, meditação e mindfulness – prática que, de forma simplificada, visa despertar um estado de atenção e consciência plena do momento presente – são bons aliados para os candidatos. “Para aprender a se autorregular e se equilibrar precisa ter ferramentas e estratégias”, explica a diretora. 

A prática descrita na abertura dessa matéria pode ser feita tanto em momentos de nervosismo, em intervalos de estudos, antes de começar a prova do Enem e até mesmo antes de dormir, para acalmar a mente e o corpo. Outra dica é, antes de começar o exercício, beber água e comer um pedaço de chocolate, para o corpo entender que foi alimentado e hidratado e, assim, sair do estado de nervosismo.
 
BEM-ESTAR 
Em setembro, enquete realizada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) com 4 mil adolescentes de 15 a 19 anos de todo o Brasil sobre saúde mental na pandemia e acolhimento psicológico mostrou que 72% dos respondentes sentiram necessidade de pedir ajuda em relação ao bem-estar físico e mental durante a quarentena. Ainda assim, 41% não recorreram a ninguém. 

Segundo a psicóloga e neuropsicopedagoga Alessandra Augusto, não é preciso se assustar, pois ter um pouco de ansiedade, mão gelada, frio na barriga, antes de um exame como Enem é normal.

“Vou sentar, fazer uma respiração mais longa e começar a prova”, orienta. Se, no entanto, já nessa reta final o nervosismo for grande e vier acompanhado de sintomas como taquicardia, dor no peito, angústia, o ideal é procurar um profissional de saúde para obter as orientações necessárias. 

Para a reta final de preparação para o Enem, Alessandra também dá algumas dicas que podem ajudar no nervosismo. De acordo com ela, o ideal, um dia antes da prova, é relaxar e fazer algo que se gosta e deixar os estudos um pouco de lado.

“Não adianta intensificar os estudos na semana anterior ou alguns dias antes, isso só aumenta a angústia e a ansiedade, trazendo a sensação de que está faltando alguma coisa”, ensina. 

Uma rotina de alimentação leve e de boas noites de sono também ajudam o candidato a ficar mais tranquilo na hora do exame. “Com isso, consigo equilibrar minhas emoções, quando durmo bem, fico tranquilo, quando consigo ter uma alimentação equilibrada, regularizo os hormônios que me trazem sensação do prazer, vou estar mais preparado para gatilhos que possam me irritar, trazer impaciência”, diz Alessandra. 

SAIBA MAIS
Ter um ritual de prova também é importante para reduzir o nervosismo. É preciso separar, na véspera, por exemplo, todo o material necessário, como duas canetas esfereográficas de tinta preta, documento de identidade, máscara, lanche e água. No dia do exame, colocar uma roupa confortável.

Na hora de fazer a prova, o professor José Tavares, coordenador de curso preparatório, orienta os estudantes a lerem todo o exame e a assinalarem as questões que têm mais facilidade. No primeiro dia, quando os candidatos farão as provas de linguagens, ciências humanas e redação, a dica é começar pela redação. 

“Alguns deixam a redação para o final, eu sou um pouco temeroso com essa estratégia, porque se a prova estiver pesada, ele não vai ter cabeça para fazer a redação. Então, deixar a redação ao menos rascunhada, já na primeira hora de prova”. 

*Com Agência Brasil

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