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economia

Preços do ovo e bacalhau salgam a Páscoa em MOC

Segundo especialista, pescados mais populares devem ser a alternativa para os consumidores

Larissa Durães
Publicado em 03/04/2023 às 21:41.

(Larissa Durães)

Durante a Quaresma, momento que antecede a Páscoa, o consumo de peixes e ovos aumenta consideravelmente devido as restrições alimentares religiosas. Naturalmente, a alteração da dinâmica entre procura-oferta varia os preços dos produtos. Porém, especialistas preveem almoços mais “salgados” para a Páscoa de 2023.

Para a médica de Montes Claros, Maristane Albuquerque, o tradicional almoço irá acontecer em sua casa. Entretanto, para a médica, este ano os preços, tanto do bacalhau, quanto das verduras, estão mais salgados. “Comparei os preços em relação ao ano passado, para mim, teve muito aumento. O bacalhau está um absurdo o preço, para fazer uma bacalhoada preciso dos legumes, e todos aumentaram muito”, destaca.  Mesmo assim, Maristane diz que não irá substituir nenhum alimento em razão do valor alto. “Não vou substituir, mas vou fazer uma quantidade menor”, explica. Em relação ao peixe, ela diz que já comprou. “Comprei só o bacalhau mesmo, e já comprei no supermercado, porque dei uma olhada em peixaria e Mercado Central e foi onde achei mais barato” completa.
 
PREÇOS
Apesar dos aumentos notados pela médica, os produtos complementares tiveram queda, como foi o caso do arroz (2%), batata (7,3%), cebola (8%) e tomate (8%). “As peixarias esperam atrair os fregueses, apesar da alta nos preços. Os pescados mais populares devem ser a opção uma vez que seus preços subiram menos do que o salmão e bacalhau que subiram 36% e 26% respectivamente”, diz a economista, Vânia Vilas Bôas. 

O balconista de uma peixaria do Mercado Central, Alex Fiuza, diz que o pescado “teve um aumento só de 5% em comparação com o ano passado”, algo bem irrisório. “Por isso, a gente espera vender 15% a 20% a mais”. Entretanto, admite que o bacalhau ficou muito caro. “Por isso, a venda diminuiu, está caro demais, R$79,90 ”. 

“O pescado e os frutos-do-mar tiveram um leve aumento de preço, de 5% a 10%, mas se comparado com os outros produtos, não foi tão grande assim”, diz o dono da peixaria, Gustavo Cunha. 
 
NOVO VILÃO
“Nesse período tem quem substitui a carne pelo ovo”, diz o vendedor do Mercado Central, Edmilson Gomes. “Mas, este ano o ovo subiu uns 30% a mais que o ano passado, pelo fato dá procura ser muita e a oferta menor”, explica. 

“Ele que é considerado o substituto mais em conta da carne vermelha também está pesando no bolso do montes-clarense, e se tornado o vilão”, destacou a economista. Em relação à quaresma de 2022, o ovo teve alta acumulada de 32,13%. 

O motivo do aumento, segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) de São Paulo, se deu, principalmente, devido às altas nos preços dos ingredientes básicos da ração de galinhas e de peixes como o farelo de soja e o milho. Ainda conforme o centro, as fortes altas acumuladas nas três primeiras semanas de fevereiro elevaram significativamente os preços médios mensais dos ovos, que atingiram recordes.

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