Para Sindcomércio de MOC, classe deve voltar a crescer e reagir à partir dos próximos meses
Para especialistas, classe ainda precisa se acostumar mudanças no cenário (Larissa Durães)
A confiança dos pequenos negócios mineiros teve ligeira queda em março de 2023, influenciada pelo recuo nos setores de serviços de 112 para 108, e indústria de 110 para 103 pontos; e pelo avanço do comércio de 107 a 109 pontos, e da construção civil de 109 a 111. É o que mostra a pesquisa Índice Sebrae de Confiança dos Pequenos Negócios (ISCON), que mensura a percepção dos empreendedores em relação ao momento econômico. Entretanto, o Sindcomércio de Montes Claros alega que a confiança do empresariado deve reagir nos próximos meses.
Conforme o Sebrae, um ISCON maior que 100 indica tendência de expansão da atividade; igual a 100, tendência de estabilidade da atividade; e, menor que 100, de retração da atividade.
O Índice de Situação Recente (ISR), que mede a percepção dos empreendedores sobre suas atividades nos últimos três meses foi de 78, um ponto abaixo do registrado em fevereiro (79). O Índice de Situação Esperada (ISE), que reflete as expectativas dos empreendedores em relação ao trimestre seguinte, ficou em 123, 2 pontos abaixo do registrado em fevereiro (125).
POSITIVIDADE
Para o presidente do Sindicato do Comércio de Montes Claros (Sindcomércio), Glenn Andrade, o recuo apresentado pelo ISCON é normal, pois o empresário se comporta de acordo com a movimentação do mercado, o que para ele é algo passageiro. “Pois, o Governo Federal tem feito um esforço muito grande para combater a alta da taxa de juros (13,75%). Por isso, acreditamos que a confiança do empresário deve voltar a crescer e reagir, a partir do momento que o Brasil começar a apresentar estabilidade, principalmente nas taxas de juros que irão reduzir estimulando a movimentação no mercado”, acredita.
Esse recuo na confiança do empresário é devido, principalmente, pelo resultado da atividade comercial nos últimos meses, segundo o presidente do Sindcomércio. Para ele, devemos entender que as atividades comerciais têm sido afetadas, principalmente, pela alta taxa de juros do Banco Central, praticados no mercado. “Então, isso faz com que o consumidor recue, e que o empresário também recuo”, completa.
Em março, a confiança da microempresa foi de 110, com queda de 3 pontos em relação ao mês anterior. Por sua vez, a confiança dos microempreendedores individuais apresentou a mesma variação, passando de 110 para 107 pontos. Já a empresa de pequeno porte teve aumento de 6 pontos na confiança, registrando 106 pontos.
Quem também acredita em uma melhora é a empresária Ariane Galdino. “Temos início de ano, as estações como Dia das Mães, Namorados, Natal e às vezes em um ano uma data é melhor e no outro não. E assim também é a transição de Governo. Então, acho que isso é bem passageiro, é uma questão das coisas se acomodarem. Até junho, o empresariado vai estar mais acostumados com as demandas, e as medidas tomadas pelo Governo vão voltar a estimular o setor”, diz confiante a empresária.