O comércio varejista mineiro está mais esperançoso, aponta a pesquisa de Expectativa de Vendas, realizada pela área de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio). 

Segundo o estudo, 41,6% das empresas entrevistadas viram o volume de vendas melhorar no segundo semestre de 2022 em relação ao mesmo período do ano de 2021. Se comparado ao primeiro semestre deste ano, 33% registraram aumento nas vendas.

Os resultados do segundo semestre de 2022 foram melhores para 41,6% das empresas, frente ao mesmo período do ano de 2021. Para 36,7% dessas, houve melhora de até 20% nas vendas. Para 53,7% dos empresários, as vendas do semestre alcançaram as expectativas.

O presidente do Sindicato do Comércio (SindComércio) de Montes Claros, Glenn Andrade, acredita que esta esperança esteja ligada ao fato de que o comércio encerrou 2022 de forma positiva. 

“Na mesma forma, os empresários acreditam que vão prosseguir com esta esperança durante todo o ano de 2023”, ressalta. 

Movidos, principalmente, pelo otimismo e esperança e pela percepção de aquecimento do comércio, 42,1% do comércio varejista de Minas acredita que o primeiro semestre de 2023 será melhor se comparado ao segundo semestre de 2022.  
 
EXPECTATIVAS 
Para a proprietária de uma loja de vestuário feminino, Aparecida de Medeiros Leite, o comércio poderia estar melhor.  

“O Brasil estava muito envolvido na política. Por isso, nós comerciantes ainda estamos sentindo os resquícios dessa polarização. Muita gente ainda quer pagar pra ver como será o governo eleito. Por isso o comércio está lento”, avalia Aparecida. 

Para os comerciantes que ainda estão receosos com as mudanças, Glenn diz que acredita que este governo irá pensar em todos. 

“Acredito que irá criar novas taxações que vai incentivar e estimular o consumo de pessoas de baixa renda, que irão circular pelo comércio, consumindo e gastando”. 

Para ele, o fato de ser um governo novo, pode sim deixar algumas pessoas apreensivas, mas acredita que virão “medidas que vão facilitar a questão dos empreendimentos, como é o caso do microempreendedor individual”. 

“Está previsto um aumento no seu teto de faturamento e a reforma tributária tanto na área estadual quanto federal pra nos ajudar”. 

‘Em relação ao governo de Minas, Glenn informa que o governador Romeu Zema (Novo), foi abordado através da Fecomércio, pelo presidente Nadin Donato, e demonstrou sensibilidade ao pleito da federação que solicitou o fim da Difal, e o fim da substituição tributária. 

“Estamos confiantes que haverá avanço na economia a partir dos ajustes”, acredita o presidente do Sindcomércio.

Esse anseio de alguns comerciantes é natural, na avaliação de Glenn. 

“Tudo que o comerciante arrecada vai para o compromisso com as despesas. Mas estou confiante que vem mudanças salutares que vão favorecer a estabilidade dos comércios”, finaliza.