ECONOMIA

Montes Claros registra menor inflação do ano

Conforme o IPC, maio registrou o índice de 0,23% contra 0,37% do mês de abril.

Larissa Durães
Publicado em 09/06/2023 às 20:00.
Os preços dos gêneros básicos que compõem a Ração Essencial Mínima tiveram queda de -0,65% (Larissa Durães)

Os preços dos gêneros básicos que compõem a Ração Essencial Mínima tiveram queda de -0,65% (Larissa Durães)

Dados do Setor de Índice de Preços ao Consumidor do Departamento de Economia da Unimontes (IPC/MOC) mostraram que maio de 2023 registrou, até o momento, o menor índice de inflação em Montes Claros, Norte de Minas. Conforme o IPC-MOC, maio registrou o índice de 0,23% contra 0,37% do mês de abril. Acumulando no ano uma inflação de 2,32%. 

Segundo a economista, Vânia Vilas Bôas, contribuíram para esta redução dois grupos dos sete que fazem parte do IPC; o Grupo Habitação registrou o gás de cozinha com uma queda de 7% na cidade. “Além disso, alguns materiais de construção como esquadrilhas e revestimentos”, explica Vilas Bôas. Outro importante destaque foi o Grupo Transportes, que registrou em quase todo o mês de maio a redução os combustíveis (diesel, etanol e gasolina). “Com isso consolidamos um cenário de expectativas mais favoráveis”, comenta a economista. 
 
ALIMENTAÇÃO
O grupo que mais comprometeu o orçamento do montes-clarense foi o de alimentação. Muitos itens alimentares continuam em alta, como os hortifrútis granjeiros em decorrência de sazonalidades, períodos em que a safra está comprometida. 

A cozinheira, Vanda Dantas, conta que ao fazer a compra de alimentos percebeu certa baixa, “mas não o suficiente pra gente evitar ter que diminuir a qualidade, o produto ou até mesmo a marca”, destaca. “Se chego pra comprar alcatra e tá caro, compro acém, ou um frango, que é mais em conta”, diz. Para ela, esse sobe e desce não está ajudando muito. “Um dia a gasolina tá cara, outro, abaixa, e aí sobre de novo, fazendo com que os preços mudem pra baixo e pra cima também. Então, não estou vendo tantas vantagens, ainda”, afirma. 

No entanto, a economista faz notar que alguns itens já começam a ter uma queda perceptível, como o óleo de soja que tem sido um grande vilão desde o começo da pandemia, e que já caiu quase 40%. Outro exemplo dado por Vânia, são algumas carnes, principalmente a carne bovina. Ela explica ainda que neste grupo, por exemplo, tem o açúcar e café, que tiveram redução. “Mesmo que alguns ainda não percebam, é um cenário que deslumbra que possamos ter mais reduções agora a partir do segundo semestre e se isso se concretizar vai se transformar em uma expectativa positiva para a população”, destaca a economista. 
 
PREÇOS
Os preços dos gêneros básicos, que compõem a Ração Essencial Mínima, tiveram queda de -0,65% em maio de 2023, após terem ficado em 1,41% em abril deste ano.

O trabalhador local que recebe uma renda bruta de R$ 1.320 utilizou, em maio, 37,46% de seu salário para a compra dos treze produtos da cesta básica (CB). Gastando assim, R$ 494,42 em oposição a R$ 497,68 do mês anterior. Após a aquisição da CB, restou ao trabalhador a quantia de R$ 825,58 para as demais despesas, como moradia, saúde e higiene, serviços pessoais, lazer, vestuário e transporte.

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