Favorecido pelo aquecimento do setor de serviços em 2022, Montes Claros, Norte de Minas, abriu 1.669 pequenos negócios (MEI) e microempresas (ME), além de empresas de pequeno porte (EPP), contra 1.076 que fecharam. De acordo com a Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (JUCEMG), esse número indica um saldo positivo de quase 60%, que resultou na 6º colocação de MOC no ranking de melhores cidades em Minas na abertura de empresas e criação de empregos.
“O ano passado foi um ano muito bom, de recuperação. Tivemos em Montes Claros, um significativo aumento de empresas no setor de serviços e comércio, e ficamos muito satisfeitos com esses números. E saímos com saldo positivo, então, para a cidade foi um momento de grande satisfação”, diz o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Montes Claros, Ernandes Ferreira.
Em 2022, Minas Gerais atingiu a marca de 391.402 pequenos negócios (MEIs, MEs e EPPs). Um estudo realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) Minas, com base em dados do Ministério da Economia, da Receita Federal e da Secretaria de Estado de Planejamento de Minas Gerais, mostrou que, apesar do número expressivo de formalizações, houve redução de 7% na abertura de negócios no comparativo com 2021.
Apesar da redução, MOC foi na contramão dessa pesquisa. O presidente da CDL explica que a economia da maior cidade do Norte de Minas é sustentada por quase 75% a 80% de pequenos negócios.
“Estamos vendo o setor de indústria investindo muito, isso é positivo. O agronegócio também está muito bom. O de serviços e comércio teve uma resposta boa ano passado. Como nossa economia é bem mista, não depende só de um setor. Então, acaba que a cidade é bem sustentável”, completa.
OTIMISMO
Formada em estética, a microempreendedora, Rosângela Cardoso Gonçalves, saiu de uma empresa privada que trabalhou por nove anos, na área administrativa, para abrir o seu próprio negócio.
“Formei em estética há quatro anos. Fiz vários cursos sobre o assunto, mas trabalhando no horário comercial não tinha tempo pra dedicar ao que realmente eu gostava. Em setembro do ano passado, abri minha própria empresa. Usei um pouco do meu FGTS. Não tenho sócios, nem funcionários, mas faço meu próprio horário e hoje posso dizer que tenho qualidade de vida”, diz, satisfeita e orgulhosa, a esteticista.
Rosângela avalia que ainda está longe do ideal de negócio, mas acredita que as coisas irão melhorar.
“Tenho ótimas clientes, e sou otimista que esse ano vai ser melhor que o ano passado”, afirma.