ECONOMIA

MOC registra índice inflacionário de 0,31%

Larissa Durães
06/10/2023 às 00:06.
Atualizado em 06/10/2023 às 00:07
O acumulado em Montes Claros nos primeiros nove meses deste ano foi de 2,78%, ou seja, menor do que os 3,99% do mesmo período do ano passado (Larissa Durães)

O acumulado em Montes Claros nos primeiros nove meses deste ano foi de 2,78%, ou seja, menor do que os 3,99% do mesmo período do ano passado (Larissa Durães)

A pesquisa de variação de preços realizada pelo Setor de Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Departamento de Economia da Unimontes registrou, em setembro de 2023, um avanço de 0,31%, em comparação ao recuo de -0,06% ocorrido em agosto último. Com esse resultado, o acumulado em Montes Claros nos primeiros nove meses deste ano foi de 2,78%, ou seja, menor do que os 3,99% do mesmo período do ano passado, representando, assim, um recuo de mais de um ponto percentual.

Para a economista e coordenadora do IPC da universidade, Vânia Vilas Bôas, existe algo no comportamento dos grupos favorável para a queda da inflação — “O grupo alimentação está em queda e sempre verificamos que sempre foi o vilão da inflação, mas, neste ano, o comportamento dele, nesses últimos meses, principalmente, tem mostrado uma desaceleração, ou seja, queda nos preços e o que é ainda mais interessante é que são os produtos básicos”, aponta.

A queda da inflação em setembro, impulsionada pela alimentação, que já vinha apresentando redução de preços, atingiu o nível mais baixo neste mês. Isso foi influenciado principalmente pela diminuição dos preços de itens básicos, como carne bovina de segunda (-2,50%), feijão (-2,42%), óleo de soja (-0,79%), açúcar (-0,52%), leite tipo C (-0,36%) e café (-2,08%) – itens essenciais na dieta dos montes-clarenses. Isso beneficia especialmente aqueles com menor poder aquisitivo, como destaca a economista.
 
GRUPOS DESFAVORÁVEIS
Conforme Vilas Bôas, a inflação ficou um pouco mais elevada devido, principalmente, ao grupo de transporte, que teve a maior contribuição no índice, correspondendo a 0,20%, e foi pressionada pelo aumento no preço da gasolina, que subiu cerca de 2,52%, e do diesel, que chegou a aumentar quase 10%. Ela também informou que outro grupo que teve peso foi o grupo de habitação. “Onde tivemos a pressão sobre o material de construção, material elétrico, material hidráulico. Por último, o grupo de saúde pressionada pelos preços de medicamentos e produtos de higiene pessoal”.
 
ESPERANÇA ECONÔMICA
Entretanto, Vânia acredita que a tendência é que, principalmente os produtos alimentares, estejam em queda no que diz respeito aos itens essenciais, chegando ao final deste ano e início de 2024 devido às colheitas de várias safras. 

“Sem sombra de dúvida, a de se perceber que produtos como a carne bovina, o óleo de soja e ovos, tem tido quedas e essa quedas são sentidas no bolso sim na hora de fazer a compra” ressalta a economista. Os preços dos gêneros básicos que compõem a Ração Essencial Mínima tiveram aumento de 0,61% em setembro de 2023.

Sulamita Pereira, uma dona de casa de 47 anos responsável por administrar as despesas alimentares de sua família composta por quatro pessoas, observa que os alimentos básicos apresentam preços mais favoráveis. “Acredito que consegui economizar uns 5% e acredito também que vai cair ainda mais. O que é bom pra gente, já que só eu trabalho lá em casa”, diz otimista.

Compartilhar
Logotipo O NorteLogotipo O Norte
E-MAIL:jornalismo@onorte.net
ENDEREÇO:Rua Justino CâmaraCentro - Montes Claros - MGCEP: 39400-010
O Norte© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por