RETROSPECTIVA 2023

Em 2023, a economia de MOC foi norteada pelo otimismo e positividade

Da Redação*
Publicado em 26/12/2023 às 21:40.
 (Arquivo pessoal)

(Arquivo pessoal)

Neste ano que se encerra, recomeço e otimismo foram as duas palavras que marcaram a economia regional. No primeiro semestre de 2023, Montes Claros se destacou na abertura de negócios de microempreendedores individuais (MEIs) e de microempresários (ME). Segundo a Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg), a maior cidade do Norte do Estado registrou a abertura de 1.699 negócios no regime de MEI e ME, além de 1.706 como Empresas de Pequeno Porte (EPP).

Conforme Ernandes Ferreira, presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de MOC, 2022 foi um ano de recuperação para os setores citados anteriormente. Em fevereiro, a microempreendora, Rosângela Cardoso, esboçou seu otimismo com o ano que termina — “Tenho ótimas clientes, e sou otimista que esse ano vai ser melhor que o ano passado”.

Em março, embora o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Departamento de Economia da Unimontes tenha apontado um “certo alívio”, registrando a menor inflação do ano com 0,40%, em contraste aos 0,89% de janeiro e 0,41% de fevereiro, a realidade enfrentada pela dona de casa Janete Clea Mariano foi diferente: os preços não refletiram essa diminuição, contrariando as indicações da pesquisa — “Não vi melhora da inflação, pois, o arroz que compro a R$ 19, vi que está R$ 27. Para achar um, no valor de R$ 19, tive que comprar um de uma marca mais escassa”, lamenta.

No primeiro semestre, o comércio foi beneficiado por datas comemorativas, como o Dia das Mães e as Festas Juninas. Na primeira efeméride, quase 80% dos comerciantes optaram por acreditar no otimismo dessa data.

O ‘segundo natal do comércio’ proporcionou aos comerciantes um aumento estimado de 4,3% no número de contratações. Cerca de 12% das empresas acreditavam em expandir suas equipes de vendas para a data. Quanto aos festejos juninos, Glenn Andrade, presidente do Sindicato do Comércio de Montes Claros (SindComércio), mencionou a possibilidade de um aumento de 5% a 6% nas vendas em comparação ao ano de 2022. Em Montes Claros, o aumento se concentrou na procura por milho de pipoca e de canjica, farinha de trigo, fubá, rapadura, amendoins, leite condensado, milho in natura para a produção de pamonha, mandioca, farinha de mandioca, carne bovina (costela de boi e fraldinha), além dos ingredientes para o famoso quentão, feito à base de cachaça ou vinho, e especiarias como cravo, canela e gengibre.

Apesar do aumento de quase 50% no preço em relação a 2022, as vendas indicaram um desempenho melhor. “Mais uma vez os problemas sazonais como o excesso e a falta de chuva atrapalhou a colheita em pleno início do período da entressafra. Levando ao reajuste nesses produtos. Mas mesmo com os preços mais altos, a procura por esses itens, aumentou este ano”, esclarece a economista Vânia Vilas Bôas.

SEGUNDO SEMESTRE
As cores das bandeiras e das fitas que enfeitaram as ruas de Montes Claros não só embelezaram o cenário, mas também trouxeram benefícios financeiros. Com a 182º Festa de Agosto, os comerciantes tiveram lucros bem-vindos. A pasta de Turismo da Prefeitura de Montes Claros informou que 62,1% consideram os preços da festa adequados, enquanto 31,9% os consideram caros. Apenas 1,7% dos entrevistados acham os preços baratos, e 4,3% preferiram não comentar sobre o assunto — “tudo hoje está mais caro, mas a gente considera que conseguimos agregar um valor bacana pela qualidade do produto que a gente entrega”, comentou a comerciante ambulante, Flávia Figueiredo.

Conforme a CDL, o festejo popular já se encontra no calendário econômico do município, porque ele representa lucro para os setores de hotelaria, alimentação (restaurantes e bares), além de vestuário. 

Setembro trouxe consigo um aumento no número de empregos com carteira assinada na cidade. O Boletim Informativo do Mercado de Trabalho Formal de Montes Claros, apresentado pela Unimontes, mostrou que as ME responderam por quase 80% do saldo de empregos formais. O otimismo também perdurou até o final do ano com a aproximação das festas desta época. A Black Friday, o Natal e as expectativas para o Ano Novo, aliados ao pagamento do 13º salário e ao panorama econômico do mercado, impulsionaram a confiança do setor, conforme apontado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio-MG). Neste ano, 61% dos empresários ficaram confiantes em alcançar melhores resultados em comparação ao ano anterior.

“As previsões sugerem que este será o melhor Natal em vendas dos últimos cinco anos”, comentou Glenn Andrade, presidente do Sindicato do Comércio (Sindcomércio) de MOC.

*Com informações da repórter Larissa Durães

Compartilhar
Logotipo O NorteLogotipo O Norte
E-MAIL:jornalismo@onorte.net
ENDEREÇO:Rua Justino CâmaraCentro - Montes Claros - MGCEP: 39400-010
O Norte© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por