Economia

Desafios e estratégias na gestão de dívidas

Economista orienta sobre como resolver problemas financeiros e quitar dívidas em 2024

Larissa Durães
Publicado em 15/01/2024 às 21:21.

A Confederação Nacional do Comércio (CNC) realizou uma pesquisa que mostrou que ao longo do ano de 2023, 76,6% das famílias estavam endividadas e 29% tinham contas em atraso. Para tentar resolver os problemas das dívidas trazidas de 2023 para 2024, organizações como Serasa Experian, Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e Federação Brasileira de Bancos (Febraban) recomendam começar compreendendo os gastos pessoais, incluindo despesas fixas e variáveis. 

A Febraban destaca a importância de anotar todos os gastos, enquanto o Serasa Experian aconselha calcular as médias dos últimos seis meses para entender melhor as despesas. Monitorar mensalmente se os rendimentos cobrem as despesas é considerado crucial para evitar déficits.

Segundo o economista Aroldo Rodrigues, alcançar resultados positivos começa com a elaboração de um planejamento financeiro tanto a nível pessoal quanto familiar. “Por que de nada adianta, se o pai ou a mãe não tiverem compartilhado isso com todo mundo da família, porque acaba que é uma restrição, um esforço que todos devem fazer. Então, fazer um planejamento familiar de quanto será disponível para pagar a dívida”, aconselha.

Aroldo explica que existe uma regrinha para ajudar os endividados. “É assim, 50% do seu orçamento fica para aquelas contas essenciais, aluguel, energia, água, escola, coisa que você não consegue mexer, abrir mão. 30% vai para o seu estilo de vida. Você vai para um restaurante, fazer uma viagem, você compra uma roupa, algo que você vai curtir. E 20%, para quem não tem dívida, poupar, guardar, investir para situações futuras e para quem tem dívida, esses 20%, vai usar para pagar a dívida, para parcelar e pagar”, explica.

Além disso, o economista sugere priorizar o pagamento das dívidas com juros mais altos em vez de focar no valor total. Recomenda o uso do consignado e a troca de dívidas, explicando que “é possível obter crédito com juros menores para liquidar débitos antigos”. 

PLANEJAMENTO
Maria Francisca de Jesus da Silva, pedagoga, adoraria conseguir quitar suas dívidas, mas destaca a impossibilidade imediata. “Um ano seria insuficiente devido às despesas atuais, como aluguel e feira, que precisam ser priorizadas diante do cenário de custos elevados”, explica. 

Entretanto, mesmo na dificuldade, Silva pretende planejar o que é prioritário para pagar. “Então, eu vou priorizar o valor maior e, assim que liquidar, eu passo para o próximo, porque fica impossível negociar todos ao mesmo tempo, porque a alterativa de parcelas das negociações vai me apertar e eu não vou conseguir resolver nenhuma delas se não for assim”, comenta. 

Entretanto, de acordo com Aroldo, existe uma boa opção para quem está na mesma situação da pedagoga. “Tem a portabilidade de crédito. Essa opção serve para ajudar quem quer trocar uma dívida cara por uma mais barata. Um exemplo é quando as taxas de juros do seu banco, estão maiores do que a concorrência. Com a portabilidade de crédito, é possível transferir a dívida para outro banco. E dessa forma, você consegue diminuir os juros”, finaliza. 

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