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Economia

Agências de viagem celebram boas vendas pós-crise no setor

Depois de dois anos com restrições devido à pandemia, procura por pacotes de viagem para o feriado de 12 de outubro foi grande em MOC

Larissa Durães
12/10/2022 às 00:26.
Atualizado em 12/10/2022 às 00:27

Turma de estudantes em Porto Seguro: muitos aproveitam a ‘semana do saco cheio’, sem aulas, para viajar para a praia (DIVULGAÇÃO)

Após dois anos de restrições devido à pandemia, o feriado de 12 de outubro (Nossa Senhora Aparecida) voltou a atrair os amantes das viagens. Para a alegria do setor de turismo, que amargou meses e meses de prejuízo. 

A franquiada da CVC em Montes Claros, Giselda Ramos Lages, a procura por esta data, foi muito grande especialmente para Porto Seguro. Especialmente por famílias com estudantes, devido ao feriado emendado – a famosa ‘semana do saco cheio’. Todos os voos para a cidade baiana ficaram lotados.

Giselda comemora a boa procura, mas ressalta que tudo continua caro. 

“Tivemos um aumento expressivo em outubro, pois as pessoas perderam o medo de viajar por causa da Covid. E quem tem uma estabilidade financeira e não foi completamente atingida pela pandemia tem dinheiro para viajar. Além do mais, muitas pessoas têm créditos passados, que não utilizaram na pandemia, e estão reutilizando agora”, explica. 

O evento envolve estudantes de todo o Brasil na ‘semana do saco cheio, unindo esporte e diversão.

Entretanto, Giselda informa que nem tudo é só ‘oba-oba’, que o entrave do turismo no momento, é o aumento do valor das tarifas aéreas, que estão proibitivas.  

“O valor das passagens aéreas está muito caro.Por isto, muitas pessoas estão optando por sair de Belo Horizonte para os destinos brasileiros e evitando sair de Montes Claros, que é muito alto”, esclarece.

Luana Guimarães é atendente em uma agência de turismo na cidade e conta que o reajuste do valor da passagem em ônibus de turismo foi 30% em um ano. 

“Aumentou muito depois da questão da pandemia. Tanto as diárias dos hotéis, quanto os transportes, porque a questão do combustível aumentou tudo e ainda não estabilizou”, explica.

Luana conta que tem muita gente que está viajando de carro ou de ônibus comum. Por isto, não consegue dizer, ao certo,o quanto pode ter aumentado o número de viajantesmontes-clarenses. 

“Mas posso dizer que a procura nas agências aumentou muito, porque depois da pandemia, quando voltou tudo, pessoal tá viajando praticamente toda semana”, informa.

Para a atendente, o que muda, mais que os destinos, na hora de escolher alguma coisa relacionada a viagem, é o valor do meio de transporte para chegar ao destino desejado.  

“Geralmente o que está acontecendo muito, é que as pessoas olham as passagens aéreas, e acabam optando por carro próprio ou ônibus, mesmo a viagem sendo de 15 horas, pois, o valor é bem menor”, pontua.

Empolgação dos mineiros rumo à praia 

“A expectativa é a que faltava por ter ficado dois anos sem viajar em grupo. Curtir com pessoas da mesma idade, aproveitando para estar com aqueles de quem a gente se afastou nessa pandemia”, celebra o estudante de medicina Thiago Ferro, que viajou com um grupo grande, em três ônibus, para participar de um evento esportivo em Ipatinga.

A professora Ivone de Cássia Borborema também era só ansiedade antes da viagem para Península de Maraú (BA), onde fica até o dia 14. Ela resolveu ir de carro, para economizar.

“Além de ficar mais em conta, mesmo com a gasolina ainda em alta, é mais barata que ônibus e avião”, ressalta. 

A professora Ivone de Cássia Borborema optou viajar de carro para economizar neste feriado (ARQUIVO PESSOAL)

 O trajeto de MOC até Península de Maraú é 766,3 km. Ivone conta que chegou a olhar voos para Ilhéus. Na primeira pesquisa estava R$ 1,4 mil por pessoa. Valor que foi aumentando a cada dia que pesquisava. 

“Para aonde vou não tem voo direto, teria que ir para Ilhéus e lá alugar um carro. Se fosse em ônibus de turismo ficaria até mais barato, mas acabei optando pela comodidade de ir e vir e parar quando e onde quiser”.  

Ivone finaliza lamentando o alto custo do turismo no Brasil. 

“Acaba sendo bem complicado em razão dos preços dos meios de locomoção e distância, isso acaba limitando”, desabafa.

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