Baixista renomado toca em evento que reunirá outros músicos, artes plásticas e gastronomia
O baixista e compositor Yuri Popoff, que está completando 40 anos de carreira, lança amanhã, em Montes Claros, o CD “De Paris a Minas”, às 21h, na Casa São Carlos Eventos, no “Cultive – Arte Coletiva”. Vão se apresentar também Salomão Soares, Paulinho Vicente, Rafa Antunes, Sérgio Ferreira e Marcelo Andrade. O show é produzido pela empresária e produtora cultural Berenice Macedo Chaves.
Para Popoff, a iniciativa é louvável, porque reunirá várias manifestações artísticas, além da música, como artes plásticas, gastronomia e dança, em um mesmo espaço. “Muito interessante a ideia. Um evento completo, que irá satisfazer todos os gostos. A ideia é interagirmos, para compartilhar de uma maneira muito afetiva com o público que gosta de arte”, diz.
NORTE-MINEIRO
Popoff nasceu em Espinosa, no Norte de Minas. Se mudou para Montes Claros ainda criança. Ele conta que foi muito influenciado pela música que tocava no rádio, na TV. Estudou no Conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernandes (Celf).
“Foi aí que apurei mais meu paladar musical. Fui conhecendo outros compositores, tendo contato com a música clássica do Villa-Lobos, do Lorenzo Fernandes, do Tom Jobim. Também tive contato com o Ricardo Américo, um pianista genial, que morava em Montes Claros; Armênio Graça, Luciano Tanujara e vários amigos. Tínhamos uma turminha que fazia uma série de serenatas. A gente vivia tocando violão e tomando batida de limão. Isso, dos meus 14 até os 18 anos”, conta.
Popoff trabalhou como contrabaixista nas Orquestras Sinfônicas de Campinas (SP) e de Minas Gerais, indo depois para o Rio de Janeiro. De talento reconhecido, Popoff foi tocar com artistas como Toninho Horta – com quem toca até hoje –, João Donato, Cássia Eller, Leila Pinheiro, Maria Bethânia e Nana Caymmi.
Gravou seu primeiro CD, intitulado “Catopê” – que lhe rendeu o Prêmio Sharp –, em 1992.
“Tenho duas filhas que moram em Paris, casadas com franceses, e dois netos. Nas minhas idas a Paris, acabei conhecendo vários músicos de lá. Alguns até já conheciam minha música e são muito fãs. Então, tive a ideia de gravar um disco com esses músicos franceses com minha música, que tem um pé muito forte em Minas Gerais. Dei, então, o nome de “Paris a Minas”, uma mistura da cena da música em Paris, carregada de músicos jazzistas com a cara da minha, que tem um coração profundo de Minas”, conta.