Vinte e três artistas expõem seu trabalho no Centro Cultural

Jornal O Norte
Publicado em 11/11/2009 às 09:29.Atualizado em 15/11/2021 às 07:16.

Michelle Tondineli


Repórter



Começa hoje, 11, no Centro Cultural Hermes de Paula, a exposição Vernissage Coletiva de quadros e pintura em tecido do Ateliê de Cristina Rabelo. O evento é patrocinado por Eplan Engenharia e Duarte Telas e Molduras e terá um coquetel de abertura às 20 horas.



Serão 23 artistas dentre eles Raquel Fonseca, Soraya Correia, Maria Clara de Oliveira, Kátia Barreto, Clotildes Cardoso, Claúdia Lilian, Alessandra Veloso, Cecília Pierandrei, Mara Madureira, Gislene Soares, Margareth Ramos, Andréa Cangussú, Rosemeire Gonçalves, Marcolina Rabelo, Elenice Ribeiro, Clenir Ruas, Mirna Dias, Maria do Rosário Leite, Marilene Almeida, Iêda Rabelo, Maria de Lourdes Pinto, Simone Rabelos e Maira Maia.



A mostra procura destacar o trabalho das artesãs, a partir da emoção e da promoção de vários matizes, surpreendendo nas formas e nas perspectivas, destacando manifestações diversas que remontam às raças e, sobretudo, à união artística como uma mensagem positiva.



A artista Andréa Cangussú sempre gostou de desenhar desde a infância. Ela começou a freqüentar um ateliê aos 15 anos.



- Ai minha professora faleceu e eu parei com a pintura. Voltei depois de um tempo, mas sempre pintava em casa. É muito gostoso pintar, é uma terapia, e esquecemos de todos os problemas, diz.



Andréa estuda com Cristina Rabelo há dois anos, e prefere pintura abstrata, apesar de ter passado por todos os tipos. Para ela é gratificante ver o trabalho pronto e vendido.



-  É ótimo falar fui eu quem fiz o quadro. Quando pinto, um quadro com formas bem definidas prefiro vender que colocar em casa. Montes claros é uma cidade com muitas artistas, de todas as áreas, de uma cidade muito cultural e interessante. De arte e da pintura é muito bem aceita, qualquer lugar pode ter e você encontra quadros de artistas daqui, ressalta.



Cristina Rabelo trabalha com arte desde os 12 anos. Há mais de 30 anos ela tem sido professora de pintura em tela e em tecido. Ela acredita que antigamente, Montes Claros passava por dificuldades financeiras e culturais para exposições.



- Viver em Montes Claros de arte tem sido difícil, melhorando bastante. A pintura é mais complicada pelo lado cultural, e na dificuldade de conseguir patrocínio. Todo mundo vai às exposições, não existe classe social para apreciar uma tela, já vi um Gari tirando fotografias, afirma.



Quando se trata de vendas, Cristina revela já ter vendido algumas telas quando ainda montava a exposição, mas não teve nenhum caso de levar  a tela já vendida. Para as exposições ela acredita faltar galerias.



- Deveria ter mais galerias de arte na cidade, quanto mais, melhor para o artista. Aqui em Montes Claros,  já teve tempos de apoio cultural, com a Caixa Federal, ela era aberta para estas exposições, as vezes já existia até o patrocinador. Já expus no Automóvel Clube e na Amans, diz.



Cristina acredita que o artista plástico ele não vira, o grande artista ele nasce.



- O restante nós ensinamos e aprendemos. Estamos sempre evoluindo e crescendo. Ninguém nasceu caminhando, todo mundo engatinhou, levantou, firmou e andou. É imaturidade você achar que é o mestre da arte. Ás vezes, um aluno vem fazer a aula, e acha que sabe muito. Mas no final, ele não sabe e tem muito que aprender. É difícil criticar pessoas assim, que estão fechadas, é necessário ter jeito para não desmotivá-lo. Devagarzinho e com humildade eles chegam lá, conta.



Cristina conta que hoje, possui alunas independentes, que vendem sozinhas, mas não deixam de aprender e freqüentar as aulas.



- Tenho alunas que são independentes, você identifica o que vê. O artista escolhe seu estilo seja figurativa ou abstrata. Tenho alunos que vendem seus quadros, mas estão sempre aprendendo, afirma.



A artesã acredita que para todo artista começar, deve-se ter uma base de onde tirar idéias, sugestões.



- Sou criticada por meus alunos copiarem, eles não copiam, apenas seguem um artista para se identificar, mas, seu tom, seu desenho é outro, completamente diferente. O aluno que ta começando tem que aprender a pincelar, e já esta em um estado mais evoluído, argumenta.



Patrocínio para as exposições coletiva ou individual de Cristina tem sido difícil desde quando ela começou.



- Principalmente com papelarias e casas do ramo. Tem alguns locais que só querem patrocinar grandes eventos, mas acho que os eventos pequenos que precisam de apoio, ainda mais voltado para a arte. Quem visita a exposição, não compra a tela, ele vai La para apreciar e desenvolver exposições, conhecer o artista, completou.



Para mais informações (38)9129 – 0208 ou www.ateliecristinarabelo.wordpress.com.

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