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Terça-Feira,23 de Setembro

Vida sem Cor de Bocaiúva se apresenta na 8ª Mostra de teatro

Jornal O Norte
Publicado em 14/07/2009 às 12:12.Atualizado em 15/11/2021 às 07:04.

Michelle Tondineli


Repórter



O grupo teatral Face a Face, da cidade de Bocaiúva, apresentará no próximo sábado, 18, na 8ª Mostra de Teatro de Montes Claros, às 21h, na sala Geraldo Freire, o espetáculo Vida sem cor, sob a direção de Anderson Clayton.



(foto: ANDERSON CLAYTON)


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Grupo teatral Face a Face em sua última apresentação.



O grupo teatral Face a Face foi fundado por Anderson Clayton e Wilton Librelon no dia 21 de abril de 1993, completando 16 anos de trabalho, dedicação, paixão e garra em 2009. O destaque do trabalho teatral do grupo é o sertão, onde estão suas raízes. 



- Mostramos as raízes da terra nos trabalhos: Sertaneja meu amor e O andarilho”, sendo o Andarilho uma homenagem ao Rio São Francisco. Participamos todo ano da Mostra de Teatro de Montes Claros, e já nos apresentamos em várias cidades, como Turmalina, Capitão Enéas, Januária e Belo Horizonte. Ainda neste ano iremos promover um festival de teatro aqui em Bocaiúva - revela Anderson.



A PEÇA



Vida sem cor retrata a linha tênue entre a vida e a morte, com atuação dinâmica dos atores e a musicalidade. O protagonista encena com personagens mortos que já foram presentes na vida dele, como seu pai, namorada, irmão, filho, amigo.



O diretor e escritor da peça, Anderson Clayton, conta que o texto sugere que, quando as pessoas morrem, elas roubam as cores e um pouco da vida. É interessante aguçar na plateia o pensamento de aproximação humana, explorando o pensamento de que o amanhã não acontecerá, sendo um espetáculo realizado com muitas técnicas e improvisação.



A peça Vida sem cor tem no elenco: Wilton Librelon, Fabrícia Ferreira, Igor Alkimin, Warley Cruz, Fabiana Ferreira, Farley Boas, Bruna Maia, Paulo César Cruz, Mauro Murta, Thiago Siqueira e Anderson Clayton. 



Na produção musical, a representação é marcada por João Renato Rosa, Mário Renard e Maíra Almeida. A cenografia é de Grazi Anselmo e Wilton Librelon.



REALIDADE COM ARTE OU O DRAMA COMO OBJETO



Anderson ainda explica que toda reflexão que tenha o drama como objeto precisa se apoiar numa tríade teatral: quem vê e o que se vê, e usar o imaginado.



- O teatro é um fenômeno que existe nos espaços do presente e do imaginário, e nos tempos individuais e coletivos que se formam nesse espaço - comenta.



Desta forma, Anderson revela que o teatro é uma arte em que um ator interpreta uma história, com auxílio de dramaturgos, diretores e técnicos, que têm como objetivo apresentar uma situação e despertar sentimentos no público.



Para o diretor e ator do grupo teatral Face a Face, Anderson Clayton, o teatro estabelece o lugar físico do espectador, “lugar onde se vê”. Entretanto, o teatro também é o lugar onde acontece o drama frente aos espectadores, complemento real e imaginário que acontece no local de representação.



- É um trabalho que mistura um pouco de realidade com arte, é além de tudo um desabafo dos sentimentos humanos que ficam presos em pensamentos e atitudes - diz.



Ele conta que os personagens da peça são marcados por pai, filho, amigos, namoradas, amigas e outros, nenhum deles possui nome durante a peça, assim, eles podem contracenar com vários atores.



- O enredo da peça trata de relacionamentos e passagens de pessoas que já se foram; são pessoas mortas e que passam pelo mundo para deixar uma mensagem, uma revelação - diz.



O QUE FAZ O DIRETOR EM VIDA SEM COR



O diretor teatral é o responsável por supervisionar e dirigir a montagem de uma peça de teatro, trabalhando diretamente a representação, decidindo a melhor forma de conjugar os diversos esforços da equipe de trabalho em todos os aspectos da produção. A sua função é assegurar a qualidade e integridade da peça teatral.



Além disso, o diretor deve conseguir conectar os atores uns aos outros, junto com os figurinos e a música, coordenando o andamento das pesquisas necessárias, a cenografia, figurinos, acessórios, desenho de luzes, sonoplastia.



Como diretor da peça Vida sem cor, Anderson fala que a história é um drama, onde é trabalhada a expressão corporal em todos os momentos das cenas.



- É um texto rico, onde os atores têm muita liberdade de palco; eles se sentem conectados uns aos outros - conta. 



Para mais informações sobre o grupo de teatro ou a peça que será apresentada, ligue (38) 9935-2627.



ESPETÁCULOS DA 8ª MOSTRA DE TEATRO



14 e 15 de julho - A rifa da égua morta, do Grupo Oficinato – Comédia



16 e 17 de julho – O ator mentado, do Grupo Grande Palco – Comédia



18 e 19 de julho - Valsa n° 6, do Grupo Artecena – Drama



18 de julho – Vida sem cor, do Grupo Face a Face – Drama



20 e 21 de julho – Descanse em paz meu amor, do Grupo Katapalmas – Drama



Estes espetáculos serão apresentados no Centro Cultural Hermes de Paula, ás 19h. O espetáculo Vida sem cor se apresenta na sala Geraldo Freire, às 21h. Os ingressos custam R$ 5,00.

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